
O senador Magno Malta (PL-ES) provocou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e criticou medidas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está usando tornozeleira eletrônica. Malta acusou Moraes de liderar uma perseguição política e desafiou o magistrado. “A minha palavra ao tirano Alexandre de Moraes: põe a mão em Jair Bolsonaro. Põe a mão nele. Põe a mão nele e tenta a sorte. O azar você já tem”.
A crítica foi feita durante coletiva de imprensa da oposição na Câmara dos Deputados, realizada nesta segunda-feira (21/7). Jair Bolsonaro participou da reunião com os parlamentes, mas não compareceu a coletiva de imprensa, por correr o risco de descumprir uma determinação do STF e ser preso.
Poucas horas antes da coletiva, os parlamentares se reuniram com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que pretendia participar da coletiva de imprensa, mas foi impedido pelo ministro Alexandre de Moraes, que publicou novo despacho reforçando que o ex-presidente está proibido de utilizar redes sociais, mesmo por meio de terceiros, incluindo entrevistas a veículos de comunicação que sejam posteriormente divulgadas em plataformas digitais.
Bolsonaro, desde a semana passada, cumpre medidas cautelares determinadas pelo STF, como o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e restrições de deslocamento e comunicação.
Para Magno Malta, a decisão é ilegal e humilhante. Segundo o senador, a tornozeleira não se aplica a investigados sem condenação, como é o caso de Bolsonaro. “A lei da tornozeleira não serve para Jair Bolsonaro. A tornozeleira serve para condenados”, criticou o parlamentar, acrescentando que a medida busca apenas desmoralizar o ex-presidente.
“Colocar uma tornozeleira no presidente Bolsonaro é humilhá-lo, é um ato de vergonha nacional”.
O senador também afirmou que o Supremo Tribunal Federal estaria instrumentalizando o Judiciário para fins políticos, usando as decisões judiciais como forma de retaliação. “Bolsonaro não foi condenado a nada. Isso não é Justiça. Isso é perseguição”, declarou, em tom de denúncia, ao criticar o que considera uma tentativa de silenciar Bolsonaro e enfraquecer a oposição.
Durante a reunião na Câmara, que contou com a presença de 54 deputados e dois senadores, incluindo o próprio Magno Malta, foram definidas estratégias jurídicas e políticas em reação às medidas judiciais. O grupo oposicionista anunciou a criação de três subcomissões: uma voltada à comunicação institucional da oposição, outra dedicada à articulação de mobilizações no Congresso e uma terceira focada em ações nacionais de apoio a Bolsonaro, buscando fortalecer a presença política do ex-presidente mesmo diante das restrições.
Magno Malta finalizou comparando as sanções aplicadas a Bolsonaro a um ataque direto aos eleitores conservadores. “Essa tornozeleira no tornozelo do presidente Bolsonaro é uma tornozeleira no tornozelo do povo brasileiro”, declarou. E encerrou o discurso afirmando que a oposição reagirá politicamente às decisões do Supremo: “Nós vamos reagir. Nós não vamos aceitar essa vergonha calados”.
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