BRASIL X EUA

Figueiredo diz que esteve com Eduardo em reuniões onde o tarifaço foi discutido

Em entrevista, jornalista bolsonarista defende o tarifaço: "Estou 100% convencido de que as tarifas foram o movimento correto para o Brasil"

Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo deram entrevista ao podcast Inteligência LTDA -  (crédito: Reprodução/Youtube)
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo deram entrevista ao podcast Inteligência LTDA - (crédito: Reprodução/Youtube)

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., nesta segunda-feira (21/7), o jornalista bolsonarista Paulo Figueiredo afirmou que as tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil foram “último recurso de longo processo” de negociação realizado por ele ao lado de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.  

Segundo o parlamentar e o comunicador, a decisão de sanção econômica foi unicamente do “arsenal militar” e do presidente americano. Eles não teriam apresentado essa opção, mas estariam presentes em reuniões nas quais ela foi discutida. 

Eduardo e Paulo afirmam que, quando a possibilidade foi levantada, eles deram a própria opinião, que não seria favorável no primeiro momento, mas que ela não importaria para Trump. “Na nossa opinião, essa medida não era a melhor a ser aplicada no momento”, afirma o jornalista.  

Apesar de dizerem que solicitaram, antes, sanções individuais para Alexandre de Moraes e para outras autoridades brasileiras, o presidente dos EUA teria entendido “que a melhor arma do arsenal” para a situação seriam as tarifas.  

Embora tenha afirmado que Trump escute opiniões deles, Figueiredo disse que o governante americano não as leva em conta na hora de decidir e não os “consulta se pode ou não fazer algo”.  

“Não temos que consentir (com as decisões)”, afirmou o jornalista. Nós não somos presidentes dos Estados Unidos. 

“A gente não imaginou que fosse no início decretado”, complementa Eduardo Bolsonaro. Ele diz que ele e Paulo chegaram a discutir sobre o assunto, mas que “Trump decide o que ele quer”, e “não pede opinião”. 

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Decisão 100% acertada 

“Eu acho que o presidente dos Estados Unidos acertou na decisão dele”, diz Paulo Figueiredo ao ser questionado pelos jornalistas. “Estou 100% convencido de que as tarifas foram o movimento correto para o Brasil. O presidente Trump agiu corretamente e eu sou muito grato a ele.” 

Eduardo concorda e chama as taxas de “tarifa Moraes”. Ele defende que, antes da questão comercial, vem a liberdade”, por isso teria que agir no exterior para defender o Brasil de suposta “ditadura” do STF. Para ele, o fato de Trump ter conseguido “atrair o mundo” para a questão brasileira foi fundamental, e por isso é grato a ele e às medidas impostas por ele em desfavor do país sul-americano. 

“Eu não sou responsável pela tarifa”, afirma. “Alexandre de Moraes é responsável pela tarifa, junto com o Lula.

Precedentes

De acordo com deputado federal licenciado, as conversas com líderes internacionais sobre a situação do Brasil tiveram início em 2022, quando passaram a denunciar supostas violações de direitos políticos do Supremo Tribunal Federal (STF). Eduardo afirma que, inclusive, espelhou processos da esquerda, a que considera “muito bem conectada” globalmente.  

Paulo, que acredita que o filho de Bolsonaro é a pessoa brasileira “mais bem respeitada nos Estados Unidos”, sugeriu a ele, àquela época, que unissem força, ao que o parlamentar concordou que os americanos fossem “a alternativa”. 

A eleição de Trump, em janeiro, teria apenas ajudado no objetivo do parlamentar, que afirma desde 2018 trabalhar com contatos internacionais. A partir de então, por mediação do presidente, tiveram diversas reuniões com secretários de Estado americanos, nas quais discutiram possíveis sanções. 

 

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postado em 21/07/2025 21:00 / atualizado em 21/07/2025 22:06
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