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Caiado sobre prisão domiciliar de Bolsonaro: "Já está condenado"

Governador de Goiás afirmou que "antes da conclusão do julgamento, o ex-presidente já está condenado"

Ronaldo Caiado criticou a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro  -  (crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Ronaldo Caiado criticou a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro - (crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na segunda-feira (5/8). "Infelizmente, antes da conclusão de seu julgamento, o ex-presidente já está condenado. Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado", disse Caiado.

O governador classificou, ainda, que a situação "é grave". "Ainda mais se observarmos um processo que começou errado, quando o STF definiu pelo julgamento do ex-presidente em uma Câmara e não pelo Pleno da Suprema Corte", afirmou. 

"Essa escalada política aprofunda as divisões que ferem o País e deixam o povo brasileiro em segundo plano. O Brasil exige mudança, com uma liderança que tenha autoridade moral e seja capaz de dialogar com todos os Poderes e, com equilíbrio, pacificar o Brasil e conduzir as reformas que realmente importam", acrescentou Caiado.

A prisão domiciliar foi decretada por causa do descumprimento de medidas cautelares já impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, houve a publicação nas redes sociais de falas feitas por Bolsonaro, pelo telefone, durante as manifestações realizadas no domingo (3/8). O conteúdo foi postado por apoiadores, incluindo filhos do ex-presidente.

Na decisão, o ministro do STF ressaltou que as divulgações nas redes sociais demonstraram que houve a continuidade da tentativa de coagir a Corte e obstruir a Justiça. Bolsonaro não poderá receber visitas, a não ser de seus advogados e outras pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ex-presidente também está proibido de usar aparelho celular, diretamente ou por meio de terceiros. O ministro determinou, ainda, busca e apreensão de quaisquer celulares em posse do ex-presidente.

Réu na Ação Penal 2668, Bolsonaro responde pelo crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

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postado em 05/08/2025 08:03 / atualizado em 05/08/2025 08:04
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