Congresso

Oposição ocupa plenário do Senado em protesto contra prisão de Bolsonaro

Parlamentares afirmam que vão obstruir votações até que Alcolumbre "devolva a democracia" ao país

O grupo critica a condução do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (PSD-AP), e cobra que ele tome
O grupo critica a condução do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (PSD-AP), e cobra que ele tome "medidas emergenciais" para, segundo eles, devolver a normalidade democrática ao país - (crédito: Eduardo Girão/Divulgação)

Cinco senadores da oposição ocuparam, no início da tarde desta terça-feira (5/8), a mesa principal do plenário do Senado Federal, em ato que visa obstruir as votações previstas na Casa. A manifestação ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Participam da ocupação os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Izalci Lucas (PL-DF) e Jaime Bagattoli (PL-RO). O grupo critica a condução do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (PSD-AP), e cobra que ele tome “medidas emergenciais” que, segundo eles, devolvam a normalidade democrática ao país.

"A 1ª sessão deliberativa do Senado após o vergonhoso 'recesso branco' está marcada para hoje, às 14h. Mas senadores de vários partidos brasileiros já estão sentados na mesa da Presidência do Plenário Rui Barbosa", escreveu Girão, em publicação nas redes sociais. Ele alega que Alcolumbre tem ignorado pedidos da oposição e que o Brasil vive um "flagrante estado de exceção".

Os parlamentares prometem manter a ocupação até que suas demandas sejam atendidas. Eles reivindicam que os presidentes das casas legislativas aceitem pautar a anistia geral e irrestrita para os condenados por tentativa de golpe de Estado e que seja pautado o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Além da anistia e do impeachment de Moraes, a oposição exige ainda a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) para o fim do foro privilegiado. Dessa forma, o ex-presidente Bolsonaro não seria mais julgado pelo Supremo, mas pela primeira instância. 

Eles também anunciaram uma coletiva de imprensa para detalhar as medidas exigidas. Até o momento, a Presidência do Senado não se manifestou oficialmente sobre o protesto. (com informações da Agência Brasil)

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 05/08/2025 14:12 / atualizado em 06/08/2025 11:24
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