
O Supremo Tribunal Federal abriu, nesta terça-feira (2/9), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados acusados de articular uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. A primeira sessão marcou o início de um processo considerado histórico e de forte repercussão internacional.
Pouco antes da abertura dos trabalhos, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) avaliou que o ambiente em Brasília é de “tranquilidade institucional”, ainda que as denúncias em análise sejam extremamente graves. Segundo o parlamentar, a expectativa é de que o STF finalize a apreciação do caso já na próxima semana.
Entre as acusações contra Bolsonaro estão planos que, segundo a investigação, poderiam ter envolvido até a eliminação física do presidente Lula, do ministro Alexandre de Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD). Para Lindbergh, esse cenário torna ainda mais clara a impossibilidade de qualquer perdão aos envolvidos.
“Crime contra o Estado Democrático de Direito não é passível de anistia. É uma cláusula pétrea”, destacou o deputado.
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O parlamentar também criticou declarações recentes do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que defendeu a hipótese de um indulto. “Soa como provocação em um momento tão delicado”, afirmou.
Apesar da tensão política, Lindbergh ressaltou que o Congresso mantém funcionamento normal. Projetos prioritários, como propostas voltadas ao combate à fome, seguem em pauta na Câmara, sinalizando que as instituições não foram paralisadas pelo processo.
O julgamento prosseguirá ao longo de setembro, em sessões já marcadas pelo STF. As penas previstas para os crimes em análise podem ultrapassar 30 anos de prisão.
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