
O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, réu na ação penal da tentativa de golpe de Estado, disse, na manhã desta terça-feira (2/9), que acredita em sua absolvição no julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele faz parte do chamado “núcleo crucial” da trama criminosa e é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de endossar críticas às urnas eletrônicas, de instigar o golpe e de apresentar uma versão do decreto golpista.
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“A gente acredita na Justiça e nas provas apresentadas em nossas apresentações finais”, afirmou Nogueira a jornalistas pouco antes da abertura da sessão no Supremo.
Em depoimento ao STF, o tenente-coronel Mauro Cid, delator do processo, disse que Bolsonaro e seu candidato a vice, general Braga Netto, esperavam encontrar uma fraude nas urnas para justificar uma intervenção militar no país. Por esse motivo, o ex-chefe do Executivo pressionava o general Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa, por um relatório duro indicando as possibilidades de fraude nas eleições.
Em 2022, Paulo Sérgio Nogueira enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um parecer técnico dizendo que não era possível afirmar que o sistema eletrônico era 100% confiável. Os militares faziam parte da comissão de transparência criada pela própria Corte para fiscalizar o pleito.
O STF iniciou nesta terça-feira o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado e outros crimes contra a democracia. Os réus fazem parte do núcleo “crucial” na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e seria o responsável por desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção, com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
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Além de Bolsonaro, são réus na ação penal os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, além de Anderson Torres; do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); do ex-comandante da Marinha Almir Garnier; e do tenente-coronel Mauro Cid.
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Julgamento do Bolsonaro
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Réus por tentativa de golpe: O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado e outros crimes contra a democracia.
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Núcleo crucial: Os réus são considerados parte do "núcleo crucial" da suposta trama criminosa. Eles são acusados de tentar desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques às instituições e articular medidas para impedir a posse do presidente eleito.
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Ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira: Ele é um dos réus no processo. Acusado de endossar críticas às urnas eletrônicas, instigar o golpe e apresentar uma versão do decreto golpista.
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Esperança na absolvição: Paulo Sérgio Nogueira expressou confiança de que será absolvido, baseando-se nas provas apresentadas por sua defesa.
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Papel no relatório: Segundo o delator Mauro Cid, Bolsonaro pressionou Nogueira para que o Ministério da Defesa produzisse um relatório que indicasse a possibilidade de fraude nas urnas, a fim de justificar uma intervenção militar.
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Parecer de 2022: Em 2022, o ex-ministro enviou um parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmando que não era possível garantir a confiabilidade total do sistema eletrônico de votação.
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Outros réus: Além de Bolsonaro e Nogueira, também são réus os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno, e Anderson Torres; o deputado federal Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; e o tenente-coronel Mauro Cid.
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