
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid negou, nesta terça-feira (2/9), que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tivesse conhecimento do plano chamado Punhal Verde e Amarelo, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes em 2022. A acusação aponta que a trama teria sido discutida após a derrota de Bolsonaro nas eleições.
“O que há efetivamente nos autos? Que Mauro Cid jamais elaborou, compartilhou ou incitou qualquer conteúdo golpista, que não há sequer nenhuma mensagem de sua autoria. O que há é o recebimento passivo de mensagens no seu WhatsApp”, afirmou o advogado Cezar Bittencourt, responsável pela negociação da delação premiada firmada pelo militar com a PGR.
Antes da sustentação, Bittencourt apareceu com anotações em mãos destacando os principais pontos da estratégia de defesa: "Ele não estava no Brasil no 8 de janeiro. Não participou dos atos de invasão. Não comandou nenhum movimento militar. Não instigou, não planejou, não mobilizou ninguém”. Para o advogado, a acusação estaria apoiada em “suposições” e “especulações”.
Cid responde a acusações de cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado que, somados, podem chegar a 43 anos de prisão. Embora tenha colaborado com as investigações, a PGR pediu a condenação do militar, sustentando que a delação teve caráter “seletivo” e não o isenta das responsabilidades.
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