
O líder do Partido Liberal na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta terça-feira (2/9), em coletiva de imprensa, que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já comunicou a líderes partidários que a anistia será pautada. O parlamentar cobrou celeridade e disse que não há mais motivo para adiar a votação.
“Ele já comunicou que vai ser pautado. Quando, não se sabe. Não sei se é depois do julgamento, mas é o que estou sentindo. Ele não falou isso, mas já deixou claro que a maioria está construída”, disse Sóstenes, acrescentando que a demora seria “ridícula” e fruto de uma “conta feita com o STF”.
Segundo o líder do PL, a intenção é garantir que o texto da anistia abranja não apenas os investigados pelos atos de 8 de janeiro, mas também casos ligados ao inquérito das fake news, aberto em 2019.
“Nós sempre falamos: não precisa antes, porque o cara (Bolsonaro) não estava condenado. Agora, estando condenado, é o que é dele também. O que estamos pensando é um texto que vá do inquérito das fake news de 2019 até o presente momento”, afirmou.
Apoio do centrão
O deputado destacou ainda que a mudança de posição de partidos como União Brasil, PP e PSD foi fundamental para criar ambiente favorável à anistia. Segundo ele, a saída dessas legendas da base governista pesou nas articulações, assim como a atuação de governadores, em especial de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
“Isso foi uma grande ajuda do governador Tarcísio de Freitas. Ele trabalhou muito, ligou quinta, trabalhou sexta, sábado e domingo. Está atribuído a ele esse esforço”, destacou.
“Quero ver no placar”
Sóstenes ponderou que, embora confiante, ainda não considera o movimento uma vitória definitiva.
“Eu só considero vitória quando faço o gol. Quando você está arrumando a jogada, não dá para dar gol. Pautar é só a primeira vitória. Eu quero ganhar botando voto no placar, igual fiz na CPMI. Eu gosto de ganhar no voto”, concluiu o líder do PL também disse que o relator Rodrigo Valadares (União-SE) deve reapresentar uma versão do texto com ajustes, reduzindo os artigos, mas preservando o alcance da anistia.
O objetivo, segundo ele, é excluir apenas casos específicos de violência ou crimes graves, como planejamentos de assassinato, mas assegurar o perdão político para os demais envolvidos.
“O resto a gente tem que ser sóbrio. Quem escreveu e assumiu, responde. Agora, todo mundo que só participou, esses devem ser alcançados pela anistia”, completou.
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