
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na manhã desta quarta-feira (3/9) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de militares acusados de tentativa de golpe de Estado. A sessão do segundo dia começou por volta das 9h e será dedicada às sustentações orais das defesas de Bolsonaro e de três generais: Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
O advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, chegou cedo ao STF e reforçou que a estratégia será responder ponto a ponto às acusações. “A expectativa é que vou sustentar. Não tive contato (com Bolsonaro). Vou fazer defesa técnica, uma defesa criteriosa e vou responder ao procurador e ao delator”, afirmou. Ele adiantou que dividirá o tempo de defesa com o colega Paulo Cunha Bueno, também integrante da equipe jurídica do ex-presidente.
Na primeira etapa do julgamento, iniciada nesta terça-feira (2/9), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia classificando Bolsonaro como “principal articulador, maior beneficiário e autor dos atos mais graves” da conspiração. A acusação sustenta que o ex-presidente utilizou a estrutura do Estado para corroer a confiança nas urnas eletrônicas e pressionar militares a aderirem ao plano de ruptura institucional.
As imputações contra Bolsonaro e os demais réus listam cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Caso seja condenado às penas máximas, o ex-presidente pode enfrentar mais de quatro décadas de prisão.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Política
Política
Política
Política
Política
Política