
Durante a segunda parte da CPMI do INSS nesta quinta-feira (11/9) o senador Jorge Seif (PL-SC) saiu em defesa do ex-presidente do instituto e ex-ministro da Previdência, José Carlos Oliveira (Ahmed Mohamad Oliveira), ressaltando seu papel no combate a fraudes durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
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Seif destacou a força-tarefa contra irregularidades no seguro-defeso, que, segundo ele, resultou no cancelamento de cerca de 200 mil cadastros falsos e gerou economia superior a R$ 1 bilhão por ano. O senador também criticou o aumento no número de pescadores registrados pelo atual governo e colocou em dúvida os resultados da política pesqueira sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Se tivéssemos 2 milhões de pescadores, já seríamos campeões mundiais em produção de pescado, e nós estamos longe disso”, ironizou.
O senador ampliou suas críticas ao governo e ao ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT), acusando a atual administração de ignorar alertas da Defensoria Pública da União e da Controladoria-Geral da União sobre as fraudes.
Para ele, a oposição tenta atribuir a Bolsonaro responsabilidades que não cabem à gestão anterior. “Querem colocar a culpa no Oliveira. Mas o gráficos não mentem”, declarou, exibindo gráficos com a evolução de descontos fraudulentos.
A fala foi rebatida pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que destacou que a maior parte dos acordos de cooperação técnica que abriram espaço para as irregularidades foi firmada durante o governo Bolsonaro. Ela apresentou dados que apontam “quase R$ 3 bilhões em descontos fraudulentos” ligados a entidades credenciadas nesse período, além de citar possíveis vínculos pessoais de Oliveira com associações investigadas, como a Conafer.
Eliziane também chamou atenção para contradições no depoimento do ex-ministro, que, segundo ela, teria mudado versões sobre sua relação com empresas e sobre pareceres emitidos durante sua gestão. “Quem mente como testemunha está cometendo falso testemunho”, afirmou.
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