
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) disse nesta segunda-feira (22/9) que pretende levar à votação na próxima semana o projeto de lei de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A fala se deu um dia depois de manifestações por todo o país contra medidas impopulares aprovadas pelo Congresso na última semana.
“Chegou o momento de levar (o texto) ao plenário. Entendo que o trabalho realizado na comissão pode ser mantido no plenário, mas cada partido, claro, pode apresentar destaques e emendas”, afirmou Motta no evento BTG Macro Day, em São Paulo.
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Ele destacou, também, que o plenário da Câmara tem soberania para decidir sobre o assunto, mas defendeu que o tema seja discutido com responsabilidade para minimizar eventuais problemas para as contas públicas.
A pauta é uma aposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e foi enviada ao Congresso ainda no ano passado. Na Câmara, é relatada pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que já teve seu parecer aprovado na comissão especial criada para tratar do tema e previu compensação via taxação dos mais ricos.
Motta também disse, no mesmo evento, que é hora de o Congresso afastar “pautas tóxicas”, referindo-se à anistia aos golpistas do 8 de janeiro e à PEC da Blindagem, bancada por ele próprio na Câmara. O objetivo agora, segundo o deputado, é focar em pautas que sejam de interesse da população.
“É chegado o momento de tirarmos da frente todas essas pautas tóxicas. Talvez a Câmara dos Deputados tenha tido, na semana passada, a semana mais difícil e mais desafiadora. (...) Nós decidimos que vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão”, disse Hugo Motta.
Uma das pautas dos manifestantes que foram às ruas no domingo era o avanço da isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Além dos gritos de “fora, Hugo Motta” e de discursos e cartazes contra a PEC da Blindagem e a anistia, diversas cidades do país tiveram manifestantes pedindo o avanço da isenção no Congresso e o aumento da taxação dos super-ricos.
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