Em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado e outros crimes contra a democracia nesta terça-feira (2/9), o terceiro filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, descreveu o pai como uma “inspiração que transcende lares e famílias”.
Usando a hashtag "Bolsonaro Free" (Bolsonaro Livre) no X (antigo Twitter), o vereador do município do Rio de Janeiro declarou-se orgulhoso de Jair, bem como os irmãos, pelo alcance do réu a “todos aqueles que se recusam a desistir do Brasil”.
“Sua coragem diante das injustiças, sua firmeza mesmo diante da perseguição e seu amor incondicional por esta nação são exemplos que ecoam em cada um de nós”, elogiou. “Obrigado por tudo que representa. Seguimos juntos, firmes e convictos, sempre ao lado da verdade e da liberdade!”.
Paralelamente, o filho mais novo de Jair, Renan Bolsonaro, escreveu nas redes sociais: “Começou a Inquisição moderna, não é sobre prender um homem, é sobre tentar calar milhões que acreditam na sua voz.” Segundo o vereador de Balneário Camboriú, “eles podem tentar algemar, silenciar e manipular, mas não conseguem apagar a esperança que carrega o nome de Jair Bolsonaro”.
“O Brasil não será livre enquanto seu maior representante estiver sendo injustiçado”, concluiu Renan, que desembarcou em Brasília para estar ao lado do pai durante o julgamento.
Acompanhe ao vivo o julgamento de Bolsonaro no STF
Julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF)
- Início do julgamento: STF começou às 9h desta terça-feira (2/9) o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado e crimes contra a democracia.
- Acusação da PGR: grupo fazia parte do núcleo “crucial” da trama para desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições e articular medidas de exceção para impedir a posse de Lula.
- Réus: Bolsonaro; ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira; Anderson Torres; deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); ex-comandante da Marinha Almir Garnier; e o tenente-coronel Mauro Cid.
Etapas da sessão
- Relator Alexandre de Moraes apresenta relatório com resumo e provas.
- PGR, por Paulo Gonet, tem até 2h para expor posição.
- Defesas dos réus falam em seguida, cada advogado com até 1h de sustentação.
- Primeira defesa será a de Mauro Cid, que fechou acordo de delação premiada.
- Acusações da PGR: Bolsonaro tinha ciência e participação ativa na trama golpista, incluindo planos de assassinato contra autoridades e apoio aos atos de 8 de janeiro de 2023.
- Votação: após as falas, ministros da Primeira Turma (Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin) iniciam os votos.
Crimes imputados:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Dano qualificado
- Deterioração de patrimônio tombado
- Exceção: Alexandre Ramagem não responde pelos crimes ligados ao 8 de janeiro (já era deputado), mas segue réu por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.
- Acusação contra Bolsonaro: liderança da organização criminosa armada. Penas máximas somadas chegam a 46 anos de prisão.
- Base das investigações: delação de Mauro Cid, documentos, testemunhos e registros digitais coletados pela Polícia Federal e analisados pela PGR.
- Previsão de término: 12 de setembro.
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