O Dia da Independência (7/9) da direita na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi marcada por manifestações de apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de bandeiras americanas e de Israel. O endosso a nações estrangeiras contrasta com a multidão de pessoas com camisas verdes e amarelas.
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No público era possível ver cartazes em inglês pedindo “free Bolsonaro” ou escrito “thanks Trump” - “Liberdade a Bolsonaro e obrigado Trump”. Nos arredores da praça, ambulantes vendiam camisas que misturavam a bandeira brasileira com a norte-americana, além da tradicional estrela de Davi em azul e branco. Uma das barracas que vendiam comidas e bebidas, inclusive, era chamada de "Espetinho do Donald Trump, sabor Magnitsky".
A manifestação bolsonarista também contou com participação internacional. Direto de Orlando, na Flórida, o blogueiro Allan dos Santos, foragido do Supremo Tribunal Federal (STF), e o jornalista Luís Ernesto Lacombe transmitiram e comentaram o ato de Belo Horizonte pela revista Timeline.
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O 7 de setembro de 2025 ocorreu pouco mais de um mês depois que as tarifas de 50% dos Estados Unidos contra as exportações brasileiras entraram em vigor, quando Donald Trump decidiu usar o peso da economia americana para pressionar contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Há pouco mais de um mês o ministro Alexandre de Moraes foi sancionado com a Lei Magnitsky, que impede relações de “violadores de direitos humanos” com empresas americanas. Outros oito ministros do Supremo Tribunal Federal, além de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também tiveram seus vistos suspensos.
Apesar da pressão dos Estados Unidos, o julgamento de Bolsonaro e do chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe entra em reta final na Primeira Turma do Supremo. Nesta terça-feira (9/9), os magistrados retomam o processo com a leitura dos votos que podem condenar ou absolver o ex-presidente e outros sete réus.
