Articulação

Governo amplia rodada de reuniões com partidos para reforçar base aliada

Encontros conduzidos por Gleisi Hoffmann avançam sobre MDB e PSD e fazem parte do "pente-fino" em cargos do segundo e terceiro escalão

A ministra tem conduzido pessoalmente as negociações para recompor a base aliada após uma série de sinais de insatisfação entre parlamentares da coalizão -  (crédito: Jose Cruz/Agência Brasil)
A ministra tem conduzido pessoalmente as negociações para recompor a base aliada após uma série de sinais de insatisfação entre parlamentares da coalizão - (crédito: Jose Cruz/Agência Brasil)

Em uma sequência de encontros liderados pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o governo Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir, nesta semana, com dirigentes do MDB e do PSD para dar continuidade à reestruturação da administração federal e abrir espaço para novas indicações políticas ao Executivo. As conversas fazem parte de uma "limpeza” promovida pelo Planalto em cargos do segundo e terceiro escalão, com o objetivo de ajustar o mapa de nomeações e garantir uma fidelidade por parte de parlamentares em votações estratégicas no Congresso Nacional.

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As articulações com os partidos tiveram início na semana passada. Em agendas separadas, Gleisi se encontrou com representantes do PP, União Brasil e Republicanos — este último acompanhado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A ministra tem conduzido pessoalmente as negociações para recompor a base aliada após uma série de sinais de insatisfação entre parlamentares da coalizão.

Para os próximos dias, estão previstas novas reuniões com MDB e PSD, também em encontros distintos. As datas ainda não foram confirmadas, e não há definição sobre a presença de Motta nessas rodadas. O movimento integra uma ofensiva do governo para recompor apoios e consolidar maior estabilidade política no Legislativo.

Essa reestruturação no segundo e terceiro escalão começou em 9 de outubro, um dia após a Câmara ter rejeitado a Medida Provisória (MP) que criava uma alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A derrota foi interpretada pelo Planalto como um alerta sobre a fragilidade da base, e resultou na decisão de revisar nomeações ligadas aos 251 deputados que votaram contra o texto.

Logo depois do revés, Gleisi Hoffmann contatou os 37 ministros do governo para determinar que exonerassem indicados políticos associados aos parlamentares que contribuíram para a derrota da MP. A orientação foi vista como um recado direto de que o Planalto pretende vincular ocupação de cargos à lealdade nas votações de interesse do Executivo.

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Por Wal Lima
postado em 27/10/2025 17:52 / atualizado em 27/10/2025 17:54
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