O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ),anunciou que a bancada do partido apresentou nesta quarta-feira (8/10) um destaque de preferência na tramitação da Medida Provisória (MP) arrecadatória do governo.
O objetivo seria retomar o texto enviado pelo Executivo antes das negociações, com a taxação de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agropecuário (LCA). A versão também teria o aumento de impostos sobre o lucro de bets de 12% para 18% e manteria o aumento de alíquotas para fintechs.
“Apresentamos um destaque de preferência para o texto original do governo restabelecendo tudo o que o governo colocou. Porque foi feito um acordo e o acordo foi rompido. Foi feito um acordo com o agro, foi feito um acordo que envolvia lideranças do PP e do União Brasil. E eles romperam”, disparou o deputado, que defendeu a atuação do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) na articulação.
Na prática, no entanto, se o pedido fosse aprovado, isso inviabilizaria a votação da MP, que já enfrenta fortes resistências. Trata-se de uma retaliação aos grupos da Câmara que foram contemplados com mudanças no texto, mas mesmo assim disseram que votariam contra a medida.
A jornalistas, Lindbergh repetiu os discursos feitos ao longo do dia pelos principais nomes do governo no Congresso e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad: o de que a responsabilidade pela “sabotagem” é do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Como potencial de virar rival de Lula em 2026, não interessaria ao governador mais espaço livre no orçamento da União em ano eleitoral.
“Quero aqui acusar o papel nefasto do governador de São Paulo, que está ligando diretamente para parlamentares, para lideranças, tentando fechar um apoio para derrubar essa medida provisória”, disparou Lindbergh.
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