
O Senado celebrou, nesta quarta-feira (26/11), os 80 anos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em sessão solene presidida pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). As falas destacaram o papel histórico da entidade na formação profissional, na defesa do setor produtivo e na construção de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico e social. O evento reuniu representantes do governo federal, do Sistema S, lideranças empresariais e parlamentares.
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Ao abrir a solenidade, Izalci fez um diagnóstico sobre a falta de políticas de Estado para educação e para o mercado de trabalho. O senador lamentou que apenas 22% dos jovens ingressem na universidade, enquanto 78% integram a chamada “geração nem-nem”. Ele criticou a interrupção da implementação do novo ensino médio e defendeu a valorização do Sistema S como referência de qualificação profissional. “Quem não gosta de política vai ser governado por quem gosta”, afirmou, ressaltando que a participação social é fundamental para transformar o país e assegurar educação de qualidade.
Em seguida, Izalci prestou homenagem institucional à CNC, destacando sua trajetória desde o pós-Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, a Confederação “não apenas testemunhou, mas liderou transformações”, colocando o Sesc e o Senac como patrimônios nacionais na promoção do desenvolvimento humano. O senador descreveu a entidade como uma ponte entre o setor produtivo e a sociedade, capaz de combater desigualdades e fortalecer o turismo, a cultura e a formação de trabalhadores.
Representando o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, o chefe de gabinete Pedro Henrique Guerra ressaltou a afinidade entre a agenda legislativa da CNC e as ações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Ele destacou o papel civilizatório do comércio e o esforço do governo para ampliar acordos internacionais e melhorar o ambiente de negócios, incluindo a modernização do sistema bancário e a redução do spread. “O desenvolvimento é a soma de todas as partes. Indústria, agricultura, comércio e serviços formam um país complexo”, afirmou.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforçou que o Brasil precisa de autoestima e estabilidade para crescer. Ele defendeu a democracia, a livre empresa e a segurança jurídica como pilares do desenvolvimento, citando o papel histórico do comércio na criação de cidades, cultura e Estados. Tadros destacou que o Sistema Comércio responde por até 75% do PIB e emprega diretamente 110 mil pessoas, além de atuar como agente de transformação social por meio do Sesc e do Senac. Ele também homenageou Getúlio Vargas pela visão estratégica ao estruturar a formação de mão de obra no pós-guerra.
O superintendente dos Correios no DF, Paulo Henrique Soares, apresentou o selo e o carimbo comemorativos pelos 80 anos da CNC. Ele lembrou que o setor representa cerca de um quarto do PIB e gera 25 milhões de empregos formais, além de integrar um dos maiores sistemas de desenvolvimento social do mundo. Para ele, o selo eterniza o protagonismo da Confederação na construção de um Brasil “dinâmico, competitivo e inclusivo” e reforça a trajetória compartilhada de integração nacional entre os Correios e a CNC.

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