Congresso Nacional

CPI do Crime Organizado convoca TH Joias e diretor da Meta para depor

Senadores querem esclarecer infiltração de facções no Estado e uso de plataformas digitais por organizações criminosas

Segundo Contarato (à direita), CPI quer investigar
Segundo Contarato (à direita), CPI quer investigar "de que forma essas organizações conseguem se financiar, disputar territórios e se infiltrar no Estado". - (crédito: Andressa Anholete/Agência Senad)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado do Senado aprovou, nesta quarta-feira (26/11), a convocação do ex-deputado estadual fluminense TH Joias e do diretor da Meta no Brasil, Conrado Leister. As oitivas integram um pacote de 38 requerimentos aprovados pelo colegiado, entre convites, convocações e pedidos de informação.

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Preso desde setembro, TH Joias é apontado pelas investigações como um dos operadores políticos do Comando Vermelho. Ele é acusado de atuar no tráfico de drogas e armas, além de lavar dinheiro para a facção. Para o presidente da CPI, senador Fabiano Contarato (PT-ES), ouvir o ex-parlamentar é fundamental para compreender como o crime organizado cria pontes com estruturas institucionais.

Contarato afirmou que a comissão busca identificar a dinâmica interna das facções e os mecanismos usados para influenciar economias locais e acessar contratos públicos. Segundo ele, essas informações são essenciais para mapear “de que forma essas organizações conseguem se financiar, disputar territórios e se infiltrar no Estado”.

A convocação de Conrado Leister, representante da Meta, tem como foco investigar o papel das plataformas digitais na atuação das facções. A CPI quer saber quais medidas a empresa adota para impedir que redes sociais sejam utilizadas para difusão de conteúdos criminosos ou como instrumento de arrecadação ilícita.

Interromper o fortalecimento das facções

De acordo com Contarato, o aprofundamento desses temas permitirá à CPI propor políticas públicas capazes de interromper o ciclo de fortalecimento das organizações criminosas, com base em inteligência, cooperação federativa e maior transparência. O senador destacou que a proteção das populações mais vulneráveis é uma das prioridades do colegiado.

As datas das oitivas ainda serão definidas pela comissão, que segue analisando documentos e estruturando o cronograma de depoimentos das próximas semanas.

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postado em 26/11/2025 11:08
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