O senador Cleitinho (Republicanos-MG) voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e criticou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em discurso feito na tribuna do Senado nessa terça-feira (11/11). O parlamentar mineiro afirmou que votará contra a recondução de Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), cuja indicação será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (12/11).
Durante a fala, Cleitinho disse que apenas a eventual presença de Bolsonaro nas ruas, em campanha, seria suficiente para garantir uma vitória eleitoral ao ex-presidente, atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não tem eleição sem Bolsonaro ano que vem. E o medo deles é saber que se o Bolsonaro estiver na rua fazendo campanha, ele será eleito", disse.
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Ele também voltou a fazer críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a Suprema Corte de perseguir o ex-presidente. Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. Paulo Gonet foi o responsável por apresentar a denúncia que resultou na condenação do ex-presidente no âmbito da investigação dos ataques de 8 de janeiro.
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Em tom de lealdade, o mineiro afirmou que deve sua trajetória política a Deus, ao povo e a Bolsonaro, e que continuará a defender o ex-presidente “todos os dias”. Cleitinho ainda cobrou que os colegas de Senado que se elegeram ao lado de Bolsonaro, utilizando sua imagem nas campanhas, demonstrem “respeito” ao ex-presidente, votando contra a recondução de Paulo Gonet.
"Muitos do que aconteceu com os presos do dia 8 [de janeiro] e com o Bolsonaro foi omissão dele [Paulo Gonet]", disparou.
Sabatina na CCJ
A sabatina de Gonet na CCJ está prevista para esta quarta-feira (12). Caso seja aprovado pelos senadores da comissão, o nome segue para votação no plenário do Senado, onde precisará do apoio de pelo menos 41 parlamentares.
Em 2023, o procurador já havia sido sabatinado e aprovado pela CCJ por 23 votos a 4.
