Vaga no STF

Messias se reúne com líder da oposição em beija-mão antes da sabatina

Izalci Lucas (PL-DF) relata encontro "cordial", mas avalia que clima político pode pesar na sabatina do PGR

Izalci sobre sabatina:
Izalci sobre sabatina: "Indisposição entre Congresso e Executivo pode atrapalhar bastante" - (crédito: Saulo Cruz/Agência Senado)

Indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Jorge Messias segue sua agenda de visitas pelo Congresso e, nesta segunda-feira (1º/12), se reuniu com o líder da oposição no Congresso, senador Izalci Lucas (PL-DF). Segundo o parlamentar, o encontro foi “cordial” e seguiu o formato das demais conversas que Messias tem mantido com diferentes bancadas e lideranças. “Ele está visitando todos os gabinetes. Falou da vida dele, da trajetória, coisas normais”, disse Izalci.

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O senador afirmou que Messias reforçou o discurso de independência caso seja aprovado para a vaga no Supremo, algo que, segundo Izalci, “todos os indicados dizem”. No entanto, o líder da oposição avaliou que a recepção no Congresso não garante necessariamente um ambiente favorável na sabatina.

“Depende muito da sabatina, do voto secreto. Essa indisposição que existe entre Congresso e Executivo pode atrapalhar bastante”, comentou o senador, lembrando que o presidente da República também tem tensionado a relação ao “interferir”, na visão dele, em debates internos do Legislativo.

Izalci disse não acreditar que a pressão de setores específicos, como a bancada evangélica, influencie de forma decisiva na votação. O grupo tem articulado encontros entre Messias e lideranças religiosas, incluindo a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), uma das primeiras a recebê-lo. Para o senador, no entanto, a movimentação não deve alterar o cenário. “Acho que não ajuda em nada. Cada senador tem sua opinião e vai manifestar isso no voto secreto”, afirmou.

Mesmo com o clima político tenso, Messias mantém o roteiro de conversas como parte da estratégia de reduzir resistências antes da sabatina na CCJ. O Planalto ainda enfrenta ruídos com setores do Congresso, o que tende a impactar a disputa pela vaga no STF. Enquanto isso, opositores como Izalci sinalizam que, apesar da cordialidade, o desfecho dependerá do humor dos senadores e menos das visitas protocolares.

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postado em 01/12/2025 17:31 / atualizado em 01/12/2025 17:33
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