
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), reagiu à decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar o projeto que reduz as penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro. Para o petista, a medida foi resultado de um “acerto” com parlamentares alinhados à família Bolsonaro.
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Nas redes sociais, Lindbergh afirmou que a inclusão do texto é parte de um acordo político para a retirada da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da Câmara. “Está muito claro que essa decisão do Hugo Motta foi combinada com o PL e com a família Bolsonaro. Vocês lembram do Flávio Bolsonaro dizendo que para retirar a candidatura tinha um preço?”, escreveu.
A manifestação ocorre no mesmo dia em que Flávio anunciou oficialmente que não disputará o comando da Câmara. O gesto foi visto como forma de pacificar a relação entre governo e oposição, em meio à disputa pelas principais cadeiras do Congresso.
O projeto foi relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que defendeu a redução das penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal, mas sem anistia ou suspensão das condenações dos envolvidos no episódio que atacou as sedes dos Três Poderes.
Segundo Motta, a proposta não beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro diretamente, embora trate da pena de 27 anos de prisão aplicada a ele. “A proposta da anistia está superada. Vamos pautar esse projeto que trata apenas de redução de penas. O plenário da Casa é soberano”, afirmou.
Para Lindbergh, no entanto, a decisão representa “traição” ao governo. O petista classificou o presidente da Câmara como “imaturo” e acusou a condução da pauta de ter sido feita “na surdina”, contrariando negociações em curso com a base aliada.

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