
Sindicatos e sociedade civil protestaram na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (10/12) contra a possível cassação do deputado federal Glauber Braga (PSol - RJ). Ontem (09/12), o parlamentar ocupou a cadeira da presidência da Casa em protesto a um pedido de perda de mandato contra ele, que é acusado de quebra de decoro por agredir um militante em 2024.
Além de pedirem a continuação do mandato de Braga, os manifestantes defenderam a saída do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e se posicionaram contra a aprovação do PL da Dosimetria, aprovado pelo plenário da Casa nesta madrugada.
“Congresso inimigo do povo”, “Hugo sai, Glauber fica”, “Hugo seu fascista, trabalhador vai te botar na linha”, “a verdade é dura, Hugo Motta apoia a censura” e “sem censura, sem truculência, imprensa livre também é resistência” foram frases cantadas durante o protesto no Anexo 2 da Câmara dos Deputados.
Vanessa, de 67 anos, não é filiada a nenhum sindicato, porém, começou a acompanhar a política brasileira depois de se aposentar e se revoltou com os acontecimentos envolvendo o deputado federal. “A injustiça que vimos acontecer ontem não é justa, é truculenta. Além do mais, é querendo calar a imprensa, como se hoje em dia em mundos globais e de mídias digitais rápidas não fosse nada. Então, ele [Motta] mostrou-se não só truculento, como desconhecedor da atual realidade”, disse.
Pedido de cassação
Glauber é acusado de ter faltado com o decoro parlamentar ao expulsar com empurrões um manifestante do Movimento Brasil Livre (MLB), em abril do ano passado. Além do mandato de Braga, Motta havia pautado para esta terça a análise da cassação de Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália. A deputado foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pela violação do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
* Estagiária sob a supervisão de Paulo Leite
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