
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) cancelou o encontro que teria nesta quarta-feira (10/12) com os jornalistas que foram agredidos no episódio com o deputado Glauber Braga (PSol) — que foi retirado a força da Mesa do plenário na noite da terça-feira (9/10).
Motta havia determinado receber apenas os cinco jornalistas que se machucaram na noite da terça-feira (9), mas, após muita pressão, concordou em se reunir com um grupo de 12 profissionais. No entanto, eles foram surpreendido com a notícia de que o presidente da Câmara não viria.
O grupo foi recebido apenas pela assessora de imprensa, Mônica Donato. Segundo os jornalistas que estiveram no encontro, ela confirmou que o protocolo de segurança de evacuação do plenário da Câmara dos Deputados, que retirou toda a imprensa do plenário, partido de Hugo Motta. Uma nova data ficou de ser marcada.
A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, afirmou que a entidade considera grave o episódio ocorrido na Câmara dos Deputados, principalmente as agressões e o desligamento do sinal da TV Câmara. “Foi um atentado à própria liberdade de imprensa, pela forma como aconteceu a derrubada do sinal da TV Câmara, o empurra-empurra e a retirada dos colegas que cobrem esta Casa cotidianamente”, declarou.
Segundo ela, a intenção da Fenaj é discutir procedimentos institucionais que garantam condições adequadas de trabalho para os jornalistas que cobrem o Congresso. “Queremos dialogar sobre situações mais cordatas e institucionais de trabalho para os jornalistas aqui da Casa, respeitando todo o limite e o dever público de transparência que os parlamentares têm”, afirmou.

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