
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (11/12) que deve se reunir com os presidentes dos Três Poderes para discutir o papel dos homens no combate à violência contra a mulher.
Segundo o presidente, a violência contra a mulher é “problema do homem”, e os homens devem assumir a responsabilidade pela campanha. Defendeu ainda que é preciso reeducar os homens, não apenas aumentar penas.
“Talvez na semana que vem eu vá ter uma reunião com o presidente da Suprema Corte (ministro Edson Fachin), com a ministra Cármen Lúcia, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) (ministro Herman Benjamin), com o presidente da Câmara (Hugo Motta), do Senado (Davi ALcolumbre), para que a gente discuta qual é o papel dos homens na luta contra a violência contra a mulher. Porque quem é violento é o homem”, disse Lula.
Ele foi questionado sobre o tema durante entrevista à TV Alterosa, de Belo Horizonte, em Minas Gerais
“A violência contra a mulher não é um problema da mulher, é um problema do homem. É o homem que tem que parar de ser violento, de ser machista, de achar que ele é dono da parceira dele”, disse ainda o presidente.
Casos geraram preocupação
Lula passou a discursar contra a violência contra a mulher após uma série de casos de violência de grande repercussão, como a mulher que foi atropelada e arrastada por ciúmes, e que teve as duas pernas amputadas, em São Paulo. Segundo ele, foi um pedido da primeira-dama Janja da Silva.
“Não é só aumentar a pena, mudar o Código Penal. É reeducar. Nós, homens, precisamos ter a coragem de assumir a responsabilidade, que nós somos os culpados pela violência contra a mulher. Então, nós temos que parar”, acrescentou Lula.

Política
Política