
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (17/12), que o governo federal encerrou o ano com um saldo positivo na relação com o Congresso Nacional, apesar de um cenário político inicialmente considerado desfavorável. A declaração foi feita durante reunião ministerial realizada na Granja do Torto, em Brasília. Na ocasião, o líder petista fez um balanço da articulação política e agradeceu aos aliados pela aprovação de pautas consideradas estratégicas.
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“Nós vamos terminar o ano bem. Eu quero agradecer aos meus líderes no Congresso e no Senado, tanto o Randolfe, quanto o senador Jaques Wagner, quanto o Guimarães, aos líderes partidários que nos ajudaram”, afirmou Lula. Segundo o presidente, o início do mandato foi marcado por dificuldades e incertezas. “Vocês sabem que nós tomamos posse em uma situação muito adversa, parecia tudo teoricamente difícil, quase que impossível”, comentou.
O chefe do Executivo destacou ainda a relação institucional com os presidentes da Câmara e do Senado ao longo do período. De acordo com ele, o diálogo foi fundamental para viabilizar votações importantes. “Nós tivemos uma boa relação com o presidente Lira na Câmara, uma boa relação com o Pacheco, presidente do Senado. Conseguimos aprovar, quase tudo que a gente queria aprovar, discutindo, cedendo, conquistando, fazendo aquilo que é próprio da democracia”, disse, em referência às gestões anteriores no Congresso.
O presidente reforçou que a negociação faz parte do processo democrático e que o foco central das decisões deve ser o interesse da população. “Fazendo aquilo que todo mundo aqui sabe fazer, como conversar. Ceder, quando tem que ceder, não ceder quando não tem que ceder. E ganhar aquilo que é o melhor para o povo brasileiro. Se o povo ganhar, é o que interessa para nós”, declarou.
“Não tenho nada contra ninguém, sou amigo do Hugo Motta, sou amigo do Lira, sou amigo do Pacheco, sou amigo do Alcolumbre, sou grato pelo que eles fizeram nesses 3 anos comigo”, discursou. Para o presidente da República, mesmo em momentos de conflito, o diálogo deve prevalecer.
Lula também avaliou que o desempenho do governo no Legislativo é incomum diante da correlação de forças no Parlamento. “Eu não conheço na história um governo que conseguiu, em um Congresso adverso como esse agora, aprovar metade do que nós aprovamos”, frisou. Na avaliação do petista, o resultado é fruto da política de negociação. “Portanto é a vitória do multilateralismo, da negociação, da paciência, da conversa e é assim que a gente vai conseguir tocar esse país.”

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