A sessão desta terça-feira (9/12) do último julgamento do ano envolvendo réus da Ação Penal 2693 — que julga a conspiração golpista que culminou na depredação das sedes dos Três Poderes da República, em 8 de janeiro de 2023 — foi suspensa por decisão do ministro Flávio Dino.
O ministro, que conduziu a sessão, determinou que o julgamento continuará na próxima terça (16), a partir das 9h. A partir daí o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), votará e os demais ministros poderão se manifestar.
Também está prevista uma sessão na manhã de quarta-feira (17), caso seja necessário finalizar o julgamento. Durante a tarde desta terça, advogados fizeram as sustentações orais da defesa dos seis integrantes do Núcleo 2 da trama golpista.
Esse núcleo, chamado “gerencial”, segundo a acusação, mobilizou, no segundo turno das eleições de 2022, forças da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para atrasar o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste. Também elaborou a “minuta do golpe” e planejou a “neutralização” — um eufemismo para assassinato— de autoridades como o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes.
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Até agora, a Primeira Turma condenou 24 réus que integravam os núcleos 1 (liderado pelo ex-presidente Bolsonaro), 3 e 4 da conspiração golpista. Apenas um réu foi absolvido por falta de provas. O último núcleo a ser julgado pelo STF é o 5, que contempla apenas Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele mora dos Estados Unidos e está, até o momento, fora do raio de ação da Justiça brasileira.
