O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (17/12) que o Brasil alcançou indicadores econômicos “incríveis” como resultado de decisões políticas tomadas pelo presidente da República ao longo dos últimos três anos. Durante a reunião ministerial, Haddad apresentou uma leitura detalhada dos dados econômicos recentes, já encaminhados à Casa Civil, e contextualizou o caminho percorrido até os resultados atuais.
Segundo o ministro, o crescimento médio da economia no período supera as projeções iniciais do próprio governo. “Eu queria mencionar, que o crescimento médio desses 3 anos é de mais de 3%. A nossa previsão era chegar a um crescimento médio de 2,8%. É o maior crescimento desde o governo Lula 1 e 2”, afirmou. Para Haddad, o resultado marca uma inflexão após um longo período de baixo dinamismo econômico. “Nós tivemos um vale de lágrimas, de baixo crescimento desde então. Sobretudo a partir de 2015, com a crise que se instalou no país”, completou, ao destacar o potencial de expansão da economia brasileira.
O ministro também ressaltou o desempenho do mercado de trabalho, que, segundo ele, vive o melhor momento da série histórica. “A taxa de desemprego é a mínima da história e junto a taxa de desemprego, a mínima, nós estamos também com baixa taxa de informalidade e uma taxa composta de subutilização do trabalho, também em uma taxa histórica”, disse. Haddad acrescentou que o cenário favorável se reflete na renda dos trabalhadores: “O mercado de trabalho está gerando o melhor salário mínimo da série histórica em reais e o melhor rendimento médio por trabalhador”.
Ao explicar como foi possível alcançar esses resultados, Haddad apontou para a ampliação dos investimentos públicos e sociais. Ele destacou que os principais programas do governo receberam mais recursos do que em anos anteriores. “Você pega todas as áreas, e tem mais recursos do que no ano passado. As vezes é o dobro, às vezes é o triplo de recursos que nós tínhamos a apenas 5 a 6 anos atrás”, afirmou, mencionando tanto iniciativas sociais quanto obras de infraestrutura.
O ministro reconheceu que, historicamente, a Fazenda enfrenta pressões por mais recursos, mas ponderou que o atual cenário é distinto. “E sempre que chega um ministro no ministério da Fazenda, ele está reclamando de recursos. Só que nós estamos dobrando, triplicando, aumentando, 50% a 30% de cada área”, observou. Diante disso, levantou a questão central: “Como é possível, você ampliar todos os programas sociais, todos os programas de investimentos, melhorando as contas públicas sem penalizar os mais pobres?”
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Haddad rejeitou a ideia de que haja um “milagre” fiscal e afirmou que a resposta está na forma como o governo organiza suas prioridades orçamentárias. Para ele, o maior indicativo da responsabilidade fiscal de uma gestão é o orçamento que deixa como herança. “Não tem nada mais significativo para atestar o que o governo pensa de si mesmo, do que o orçamento que ele entrega para o governo seguinte”, disse.
Nesse sentido, citou a proposta de Lei Orçamentária Anual como prova concreta do equilíbrio das contas públicas. “A PLOA que você entrega para seu sucessor é a prova mais definitiva do que você fez com as contas públicas. Porque se você for maquiar, vai fazer para melhor. Ninguém vai fazer para o pior, um projeto de lei orçamentária para o sucessor”, concluiu.
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