A menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, teria sido morta por ter se assustado ao ver a faca na mão de Marcelo da Silva, 40 anos, apontado como o assassino. Marcelo foi indiciado nesta terça-feira (11/1) pelo crime, após seis anos.
Em coletiva de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública de Pernambuco deu mais detalhes sobre a elucidação do crime nesta quarta-feira (12/1). De acordo com o secretário de Defesa Social, Humberto Freire, o homem, que vive em situação de rua, teria entrado na escola para conseguir dinheiro e a criança teria sido morta para ser silenciada. "A vítima teria se desesperado e, por isso, foi silenciada a golpes de faca. Essa é a motivação alegada e essa se coaduna com a dinâmica minuto a minuto segundo a segundo que foi feita no trabalho investigativo técnico científico de análise das imagens", disse.
Beatriz teria sido morta com 42 facadas dentro de uma escola particular em Petrolina, sertão de Pernambuco, em 2015. De acordo com o secretário, há divergências quanto ao número de facadas nas perícias. "O laudo tem 42 fotografias de ferimento. Mas, segundo informações, são 10 facadas", esclareceu ao explicar que algumas fotografias são do mesmo ferimento.
Apontado como autor do crime, Marcelo está preso desde 2017 por estupro e confessou o assassinato. A polícia chegou até ele por meio do DNA deixado na faca do crime que foi encontrado cravado no corpo da menina. De acordo com a polícia, o material bateu 100% com ele.
A identificação do suspeito ocorre 15 dias depois que os pais de Beatriz percorreram a pé uma distância de 700km entre Petrolina e Recife para cobrar que o caso fosse federalizado.
Relembre o caso
A menina participava de formatura da irmã no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em 10 de dezembro de 2015. Em certo momento, ela saiu para beber água e desapareceu. Essas são as últimas imagens em que ela aparece nas câmeras de segurança.
Beatriz foi encontrada em um depósito perto da quadra de esportes onde a festa ocorria. A arma do crime foi encontrada cravada no corpo da criança.
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