
Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, foi encontrada morta na última quinta-feira (14/8), em Cascadura, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Conhecida pela alcunha de "Diaba Loira", a criminosa passou pelo Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro (TCP), e a principal suspeita é que tenha sido assassinada durante confrontos entre as duas facções criminosas.
A Diaba Loira acumulava mais de 70 mil seguidores nas redes sociais, onde ostentava armas e dinheiro e publicava reflexões: "Não me entrego viva, só saio no caixão", escreveu em uma postagem.
Natural de Santa Catarina, a mulher levava uma vida pacata até alguns anos atrás. Casada e mãe de dois filhos, ela morava com a família no município de Tubarão (SC) e trabalhava como cobradora interna e alfaiate.
A trajetória dela começou a mudar em 2022, quando foi vítima de uma tentativa de feminicídio. O companheiro a atingiu com uma faca no pulmão e ela precisou passar por uma cirurgia de emergência. De acordo com o homem, o motivo do crime foi que Eweline o teria traído e roubado dinheiro dele — o que ela negava.
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Depois do episódio, ela mergulhou no mundo do crime e foi presa duas vezes, investigada por participação em uma facção criminosa, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Mesmo com tornozeleira eletrônica, conseguiu fugir para o Rio de Janeiro.
Na capital carioca, entrou para o Comando Vermelho (CV) e começou a carreira de traficante e influencer do crime. Nesse momento começou a fama como "Diaba Loira". Além de publicar fotos em "missões" e ostentar armas de fogo, a mulher foi filmada em uma troca de tiros com policiais e ganhou mais notoriedade na internet.
Foi por meio das redes sociais que ela anunciou a mudança de grupo criminoso. Ao declarou apoio ao TCP, tornou-se alvo de ameaças da antiga facção. Em publicações, afirmava não ter medo de ser morta por traficantes rivais.
Em julho, a Polícia Civil divulgou um cartaz oferecendo recompensa por informações sobre o paradeiro da Diaba Loira, que estava foragida.
A mulher só foi encontrada na última semana, sem vida e enrolada em um lençol. O assassinato ocorreu durante um período de confrontos diários entre o CV e o TCP no Morro do Fubá, área dominada pela facção rival de Eweline. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso.
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Gabriel Botelho
Brasiliense de 21 anos, apaixonado desde o princípio da vida por esportes, mas de maneira um pouco mais afetuosa pelo futebol. No jornalismo desde 2020, ano de entrada no Ceub
Pedro Grigori
Subeditor do Correio BrazilienseTrabalhou por quatro anos com reportagens investigativas de política e meio ambiente na Agência Pública. Ganhador do Prêmio CNT de Jornalismo em 2018 e 2023, e com menções honrosas no Prêmio da OMS/ICFJ, Prêmio Caesari, Prêmio de Direitos Humanos e CNH In
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