
A proporção de brasileiros que moram sozinhos cresceu 52% em 12 anos. Em 2024, 18,6% dos domicílios eram habitados por apenas uma pessoa, o que equivale a aproximadamente um em cada cinco. Em 2012, essa parcela era de 12,2%. Em 2012, o Brasil tinha 61,2 milhões de endereços, sendo 7,5 milhões com um morador. Em 2024, eram 77,3 milhões de lares, sendo 14,4 milhões com apenas uma pessoa — crescimento de 92%.
A constatação faz parte da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentam os percentuais mais elevados de domicílios com apenas um morador (19,6% e 19,0%, respectivamente), ao passo que a Região Norte registrou a menor proporção (15,2%).
“Nos grandes centros, é mais comum as pessoas migrarem por razões profissionais. Primeiro vão e moram sozinhas, para se estabelecer em um novo emprego, e só depois trazer a família. Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais são estados atrativos para mão de obra, por serem centros maiores”, explica William Kratochwill, analista da pesquisa.
Ao analisar o padrão etário das pessoas que moram sozinhas, 12,5% tinham de 15 a 29 anos; 47,0% tinham de 30 a 59 anos; e 40,5% eram pessoas de 60 anos ou mais de idade.
As mulheres eram 44,9% das pessoas que moravam sozinhas em 2024, enquanto os homens eram 55,1%. Há diferenças entre homens e mulheres que moravam sozinhos quanto ao perfil etário: 57,2% dos homens em arranjos unipessoais tinham 30 a 59 anos, seguidos por aqueles de 60 anos ou mais (28,2%); e, entre as mulheres, a maioria situava-se na faixa de 60 anos ou mais de idade (55,5%).
“O perfil de domicílios unipessoais também é formado por pessoas que estão no final do ciclo da vida, em sua maioria mulheres, cujos filhos saíram de casa para formar suas famílias, ou com o parceiro já falecido”, diz William.
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