Cerca de 270 embarcações utilizadas para extração ilegal de ouro e outros minérios na bacia do rio Madeira foram destruídas pela Polícia Federal entre os dias 15 e 19 de setembro nas cidades de Manicoré e Humaitá, ambas no Amazonas.
Segundo a Polícia Federal, a ação, realizada entre as superintências de Rondônia e Amazonas, gerou um prejuízo superior a R$30 milhões para o garimpo ilegal na região amazônica. Além dos agentes da polícia, participaram da operação servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que adotaram providências relacionadas às condições precárias de trabalho às quais estavam submetidos os trabalhadores encontrados nas balsas.
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O garimpo ilegal gera danos ao meio ambiente e à saúde pública, uma vez que contamina o rio com materiais como mercúrio e cianeto. Outro dano é a interferência direta nas atividades dos povos tradicionais e o risco à vida dos ribeirinhos e indígenas.
Após a operação realizada em Manicoré (vídeo acima), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) apresentou uma questão durante sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal e apontou excessos na ação da Polícia Federal. O senador afirmou que a explosão das balsas atracadas no porto da cidade gerou risco para toda comunidade. "A polícia foi até a cidade e explodiu o trabalho de famílias que há décadas sobrevivem do extrativismo mineral. Uma ação que, além de colocar em risco toda a população, destruiu o sustento de homens e mulheres que vivem dessas migalhas para alimentar seus filhos", afirmou o parlamentar nas redes sociais.
Após o pedido do senador, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou uma diligência aos municípios de Humaitá e Manicoré, no Amazonas, para verificar denúncias de excessos da Polícia Federal em operação contra o garimpo ilegal. A presidente da comissão, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), também questionou a conduta dos policiais.
As operações realizadas em setembro de 2025 receberam os nomes Boiúna e Leviatã. Há exatamente um ano, a operação 'Prensa' da Polícia Federal destruiu 223 balsas de extração de ouro na amazônia.
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