
Duas mortes de advogados chamaram atenção em Goiás nesta semana, mas a Polícia Civil destaca que os casos não têm relação entre si. Em Goiânia, o defensor foi encontrado morto na quarta-feira (19/11). Ele estava desaparecido desde que saiu para encontrar um cliente. Já em Anápolis, outro advogado foi achado sem vida dentro do próprio carro, em circunstâncias que, segundo a polícia, indicam mal súbito.
No primeiro caso, o advogado Pedro Henrique Silva, de 38 anos, desapareceu após sair de casa para se encontrar com um cliente. A família registrou boletim de ocorrência depois de perder contato com ele e equipes da Polícia Civil iniciaram buscas. Pedro estava desaparecido desde o sábado (15/11) e o corpo foi localizado na noite de quarta-feira (19). Segundo o superintendente da Polícia Científica, Ricardo Matos, a confirmação da identidade só foi possível por meio da arcada dentária, devido ao estado em que o corpo estava.
A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios, que apura as circunstâncias da morte e a dinâmica dos últimos passos do advogado. Segundo a família, antes de desaparecer, Pedro Henrique havia mencionado o encontro profissional e não deu sinais de que interromperia o contato.
Após o desaparecimento, a família disse que acessou o computador do advogado e encontrou áudios gravados pelo cliente fazendo ameaças. Em entrevista a um veículo local, a mãe do profissional afirmou que esse cliente vinha extorquindo o advogado havia cerca de 15 dias.
O carro de Pedro Henrique foi filmado no domingo (16/11) por câmeras de seguranças no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. Na terça-feira (18), o carro foi encontrado em uma residência de um conhecido do suspeito, que disse não saber do desaparecimento e chamou a polícia ao ver as notícias.
Em nota divulgada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) na quarta-feira (18), a entidade disse que recebeu as informações sobre o desaparecimento com preocupação, acompanha o caso e confia no trabalho da polícia.
Caso em Anápolis
O segundo caso ocorreu horas depois, em Anápolis, a cerca de 155km de Brasília. O advogado Rodrigo Bonfim Jaime, de 47 anos, foi encontrado morto dentro do carro, estacionado às margens de uma via. Moradores acionaram o socorro após perceberem que ele bateu o veículo e ficou parado por tempo incomum.
A Polícia Militar e o Samu constataram que o advogado já estava sem vida. De acordo com a Polícia Civil, não há indícios de crime e tudo aponta para um quadro de mal súbito, possivelmente ainda durante a condução. A irmã do profissional, Simone Jaime, afirmou à imprensa local que a família ainda aguarda esclarecimentos sobre a causa da morte. O corpo foi velado ainda na quinta-feira.
A corporação ressalta que "não existe qualquer conexão" entre essa ocorrência e a morte investigada em Goiânia.

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