MOVIMENTO

‘Grito pelo Planeta’ reúne arte, ciência e sociedade em defesa do equilíbrio ecológico

Solenidade em homenagem a Frans Krajcberg e Sebastião Salgado será realizada no Museu das Amazônias, em Belém, durante a COP 30

Na próxima sexta-feira (14/11), às 15h, o Museu das Amazônias, em Belém (PA), será palco de um evento de mobilização global pela preservação ambiental: O Grito pelo Planeta – Homenagem a Frans Krajcberg e Sebastião Salgado. A iniciativa propõe um encontro entre arte, ciência e cidadania em um momento decisivo para o futuro dos compromissos climáticos, no contexto da COP30.

Organizado pela Associação dos Amigos de Frans Krajcberg (Paris, França), em coprodução com o COAL, e em parceria com o Museu das Amazônias, o Instituto Peabiru e a plataforma Sommos Amazônia, o evento convida artistas, cientistas, agentes culturais e cidadãos a unir suas vozes em um grande grito coletivo — uma manifestação simbólica e literal pela vida na Terra.

Além do ato presencial, o público é convidado a participar de forma virtual, enviando vídeos de 1 a 2 minutos com seu grito e uma recomendação concreta para o planeta, acompanhados de nome e profissão. As gravações devem ser enviadas para gritopeloplaneta@gmail.com ou via WhatsApp para Paloma Costa (+55 91 8878-0936).

No dia do evento, os participantes também podem postar seus vídeos no Instagram, com as hashtags #gritopeloplaneta e #krajcberg, marcando @coal_art.ecologie e @espace_krajcberg. O conteúdo será reunido posteriormente em um site e uma publicação especial, ampliando o alcance das vozes participantes.

Co-parceiro do projeto no Brasil, escritor e ativista do Instituto Peabiru, João Meirelles explica que o movimento é uma iniciativa internacional iniciada na França com diversos artistas e mobilizadores. Biógrafo de Frans Krajcberg, Meirelles destaca que o legado do pintor segue chamando atenção para a crise planetária, como bem foi perpetuado pelo fotógrafo Sebastião Salgado

“A arte tem uma capacidade diferente de provocar, entusiasmar e mexer com as pessoas”, argumenta o escritor. “É o momento de expressar que nós não vamos salvar o planeta. As pessoas não se sensibilizam. O Grito e outros movimentos dessa natureza têm um papel fundamental de mobilizar as pessoas. Se engajem.”

Para Capucine Boutte, diretora do Espace Frans Krajcberg em Paris, O Grito retoma o propósito global do artista. “Queremos mostrar que é só na ação que podemos mudar as coisas e que cada um de nós tem esse poder”, declara. Todas as propostas serão compiladas em um manifesto que será publicado após o evento. 

“Estamos todos no mesmo barco, com a mesma mãe terra. Se cada um ficar no seu canto, nada vai mudar. Precisamos dos saberes científicos, do poder de criação e imaginação dos artistas, das vozes públicas dos líderes e da ingenuidade das crianças”, aponta. 

Krajcberg, um dos primeiros a denunciar as queimadas no Brasil, ganha protagonismo com a repercussão da COP, sediada na Amazônia. “Queremos mostrar também que a luta não tem que ser necessariamente grave, que também podemos fazer barulho festivo”, completa Capucine.

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As inscrições são gratuitas e podem ser feitas via formulário online, sujeitas à disponibilidade de vagas. Ao participar, os envolvidos autorizam o uso de imagem para fins de divulgação do projeto.

O Grito pelo Planeta integra a Temporada Brasil-França 2025, com apoio do The Sandbox e da galeria Artverse, e conta com parceria institucional da Fundação Amazônia Sustentável e da Universidade Federal do Pará.

 

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