MINAS GERAIS

Homem que não sabia nadar tenta salvar filha e desaparece em cachoeira

Após adolescente escorregar em queda d'água do Rio Verde, no Sul de Minas, o homem de 55 anos mergulhou para tentar salvá-la. Bombeiros fazem buscas

Desesperado ao ver a filha adolescente, de 13 anos, sendo levada pela correnteza do Rio Verde, um homem, que não sabia nadar, mergulhou para o salvamento e desapareceu, na tarde de sexta-feira (26/12), em Passa Quatro, no Sul de Minas.

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A jovem acabou sendo socorrida e retirada das águas por outros banhistas.

O corpo do pai ainda é procurado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).

A tragédia familiar ocorreu no chamado Poço Paraíso, um dos vários poços formados pelo curso do Rio Verde e muito utilizados por banhistas, sobretudo nas férias e em dias quentes.

Ele fica na área rural do Paiolinho, acessada pela Estrada do Taboão, nas proximidades da Floresta Nacional de Passa Quatro, na Serra da Mantiqueira.

Como a adolescente caiu na água?

De acordo com o que foi relatado ao CBMMG, a adolescente estava em um poço situado acima de uma queda d'água de aproximadamente três metros. Ela escorregou na pedra úmida da cascata natural e caiu em um poço abaixo, sendo levada pela força do fluxo hídrico até outro poço, na parte inferior do balneário.

Ao presenciar a queda da filha, o pai saltou na água na tentativa de realizar o salvamento.

Sem possuir conhecimentos de natação, segundo informações repassadas ao CBMMG, o homem não retornou. Banhistas e populares que estavam no local conseguiram retirar a adolescente da água, mas não localizaram o pai da jovem.

Militares do Pelotão de São Lourenço foram acionados e iniciaram os trabalhos de busca ainda no período da tarde de sexta-feira.

A ação dos combatentes concentrou-se no mapeamento do leito do rio e em mergulhos em pontos de possível retenção do corpo pela correnteza.

As equipes de resgate enfrentam obstáculos geográficos severos para acessar o ponto exato do afogamento na zona rural.

“O acesso à cachoeira é difícil, e os militares não conseguem acessar o balneário com a viatura”, informou o CBMMG, indicando que é necessário ir a pé até a margem do balneário devido à declividade e ao estreitamento da trilha, exigindo um deslocamento tático das guarnições.

Os militares deixam o veículo em certo trecho da rodovia e seguem a pé até a cachoeira carregando cilindros e equipamentos de mergulho. Esse fator logístico aumenta o tempo de resposta, mas é a única alternativa segura para o transporte dos materiais necessários à operação.

A operação foi interrompida ao anoitecer de sexta-feira por falta de visibilidade e retomada na manhã deste sábado (27/12). As equipes de mergulho continuam os trabalhos de varredura profunda no leito do rio para localizar a vítima.

 

Prevenção em ambientes de água doce

  • Conhecimento da área: evitar mergulhos em poços de profundidade desconhecida
  • Acompanhamento especializado: contratar guias locais para percursos em zonas rurais
  • Uso de equipamentos: utilizar coletes salva-vidas ou bóias em áreas de correnteza
  • Observação do clima: abandonar o leito do rio ao perceber aumento repentino de sedimentos
  • Capacidade física: nunca tentar salvamentos na água sem treinamento técnico de natação

Resgate no Poço Paraíso

  • Queda acidental: adolescente de 13 anos escorrega em cachoeira de três metros
  • Tentativa de resgate: pai de 55 anos salta na água para a salvar, sem saber nadar e desaparece
  • Intervenção popular: banhistas retiram a jovem da água com vida
  • Mobilização de socorro: militares do pelotão de São Lourenço iniciam buscas subaquáticas
  • Obstáculos logísticos: equipe realiza buscas e transporte manual de equipamentos por trilha

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