
Após 11 anos longe de casa, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) está oficialmente de volta ao palco que a consagrou. Com a plateia lotada, o grupo abriu, nesta quinta-feira (6/2), a temporada de 2025 de concertos no Teatro Nacional, em Brasília.
O maestro Claudio Cohen expressou a emoção do retorno: "É a sensação de alguém que retorna depois de uma longa viagem. São 11 temporadas que nós ficamos fora da nossa sala, então, para nós, é uma satisfação muito grande". Cohen também elogiou o resultado da reforma da sala, destacando as melhorias que permitirão à orquestra desenvolver seu trabalho com mais excelência e qualidade.
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A obra de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro, realizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), teve início em dezembro de 2022, com a Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A reforma só foi possível após o GDF decidir fracionar o projeto em quatro etapas, com investimento de R$ 70 milhões nesta primeira fase.
A reabertura da Sala Martins Pena, em dezembro do ano passado, foi celebrada com o festival Viva o Teatro, que contou com seis atos, incluindo shows de Almir Sater e da Plebe Rude, além de apresentações teatrais e de dança. Agora, o GDF planeja investir R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que incluirá a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.
Abertura em grande estilo
Sob a regência de Cohen, os músicos apresentaram composições do alemão Robert Schumann, um dos grandes compositores do século 19. "Nós abrimos a nossa temporada de concerto com uma pauta mais erudita, uma pauta mais clássica, tradicional", explicou o maestro. A apresentação contou com a participação da solista russa Anastasiya Evsina, pianista virtuosa, segundo Cohen.
Durante o período em que o Teatro Nacional esteve fechado, a OSTNCS manteve seus tradicionais concertos de quintas-feiras em outros espaços da capital federal, como o Cine Brasília, o quartel do Exército e a sala Plínio Marcos. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, ressaltou a importância do retorno da orquestra ao seu lar: "A Orquestra é a nossa unidade artística, é um patrimônio da cidade, que andou por vários lugares esses anos todos e agora ela volta para sua casa. Isso gera uma interação, um pertencimento também com o público".
Abrantes também mencionou que muitos dos espectadores que acompanham a Orquestra ao longo desses 11 anos de Teatro fechado nunca tiveram a oportunidade de conhecer o Teatro Nacional, e agora têm essa chance. "Então, é um momento de realização muito grande", comemorou o secretário.
A orquestra já havia se apresentado no festival Viva o Teatro, que marcou a reabertura do Teatro Nacional, mas as duas apresentações foram restritas a convidados. A partir desta quinta-feira, o público poderá retirar senhas gratuitas para assistir aos concertos uma hora antes do espetáculo, como ocorrerá semanalmente. A capacidade da sala é de 478 lugares.
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