
Vinte e dois dias após o ataque do delegado Mikhail Rocha e Menezes, 46 anos, contra três mulheres, o Correio obteve a informação exclusiva de que uma das vítimas, a empregada doméstica Oscelina Moura Neves de Oliveira, 44, pode receber alta nos próximos dias. Segundo familiares, os últimos exames aos quais a mulher foi submetida apresentaram bons resultados, e um quadro de febre é, neste momento, o único impedimento para que Oscelina finalmente volte para casa.
Baleada nas costas no dia 16 de janeiro, Oscelina perdeu um rim, teve parte do estômago destruído e o intestino atingido pelo projétil. Foi levada ao Hospital de Base no helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) e, desde então, permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. À família, a equipe médica informou que logo que a temperatura corporal de Oscelina se normalizar irão transferi-la ao quarto e, a partir daí, os trâmites para a alta serão iniciados.
“Graças a Deus, a Lika (apelido pelo qual a família chama Oscelina) está maravilhosamente bem. Está tudo 'ok' com a barriga dela, também fizeram exames no coração dela e os batimentos estão 'ok'. O rim que não foi atingido também funciona maravilhosamente bem. Ela continua na UTI por conta da febre, mas, graças a Deus, nos últimos dias ela teve apenas dois picos baixos de febre, que podem ser considerados apenas como febril, diferente de como ela estava há alguns dias, quando até delirava de tanta febre”, comemorou o esposo de Oscelina, Davi Roque.
Ainda segundo o esposo, Oscelina tem se alimentado aos poucos, isso porque teve o estômago reduzido após o acontecimento. “Nós agradecemos todas as orações, carinho e ajuda, que Deus abençoe a todos.”
O quadro de febre alta com o qual Oscelina lutava nos últimos dias estava relacionado a uma pneumonia adquirida após a internação. Os últimos exames feitos no pulmão da vítima, no entanto, apontaram que a infecção já está totalmente curada.
A reportagem não tem informações sobre o estado de saúde das outras duas vítimas, a esposa do delegado, Andreia Rodrigues Machado e Menezes, 40 anos, e a enfermeira Priscila Pessoa, 45.