
A morte de Wanessa Soares do Santos, vítima de homicídio qualificado, em Planaltina, na madrugada deste sábado (8/3), Dia Internacional da Mulher, reforça a urgência do combate à violência contra a mulher no Distrito Federal. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, lamentou o crime e destacou que nenhum tipo de agressão pode ser tolerado. "Infelizmente, perdemos mais uma mulher para a violência. Isso nos lembra que o 8 de março não é apenas um dia de homenagens, mas também de reflexão e luta para garantir que crimes como esse não se repitam", afirmou.
Giselle Ferreira enfatizou que a Secretaria da Mulher tem atuado com ênfase na prevenção e conscientização, divulgando os canais de denúncia e garantindo que as vítimas saibam onde buscar ajuda. "A violência contra a mulher não é só física. Ela também é psicológica, patrimonial, moral. Nosso trabalho é mostrar que as mulheres não estão sozinhas e que precisam denunciar antes que a situação se agrave", disse a secretária.
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Campanhas
As ações do governo foram ampliadas com a campanha Março Mais Mulher, que reúne mais de 300 ações de serviços de saúde, cultura, esporte e conscientização em todas as regiões do DF. "A ideia é garantir que as mulheres de todas as cidades tenham acesso a informações e apoio. A proteção da mulher deve ser pauta o ano inteiro, mas em março intensificamos as ações para alcançar o maior número possível de pessoas", explicou Giselle.
Diante da tragédia, a secretária reforçou o apelo para que mulheres em situação de violência procurem ajuda e denunciem. "Não deem a segunda chance para o agressor. O Estado está aqui para proteger vocês", alertou. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher), 197 (Polícia Civil) e 190 (Polícia Militar).
Caso
As agressões foram feitas na madrugada deste sábado (8/3), em via pública e a investigação considera que a arma do crime tenha sido uma estaca de madeira. Wanessa foi encontrada no local por uma pessoa que chamou o SAMU e chegou a ser socorrida com vida. Porém, não resistiu no caminho para o hospital.
O caso é tratado como homicídio qualificado, quando a vítima morre em decorrência de um motivo torpe e forma cruel. A suspeita fugiu da cena do crime, mas foi presa por policiais civis da 16 DP. "Até o momento temos a participação de uma mulher como autora. Continuamos as investigações para verificar a participação de outras pessoas", afirmou o delegado responsável pelo caso.