EDUCAÇÃO

Professores da rede pública do DF decidem manter greve

Paralisação completa duas semanas nesta segunda-feira (16/6); Sindicato contesta multa aplicada pela Justiça

Vitória Torres
postado em 16/06/2025 12:32 / atualizado em 16/06/2025 12:34
Próxima reunião foi marcada para o dia 24 de junho -  (crédito: Leonardo Rodrigues/CB)
Próxima reunião foi marcada para o dia 24 de junho - (crédito: Leonardo Rodrigues/CB)

Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram manter a greve iniciada em 2 de junho, após assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (16/6), no estacionamento entre o Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) e a Torre de TV. A paralisação, liderada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), segue por tempo indeterminado e tem como principais reivindicações o reajuste salarial de 19,8%, a reestruturação da carreira, a nomeação de aprovados em concurso público e a correção de informações repassadas ao INSS sobre os professores temporários.

A decisão da categoria foi tomada mesmo diante de pressões judiciais. A Justiça autorizou o corte do ponto dos grevistas e estipulou multa diária de R$ 300 mil contra o sindicato, enquanto durar a paralisação. Em resposta, o Sinpro-DF informou que vai recorrer da decisão ainda nesta segunda-feira (16/6), apresentando recurso ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Segundo o sindicato, a multa é considerada abusiva e desproporcional em relação à luta dos educadores.

O movimento, que já chega à terceira grande reunião desde o início da greve, ganhou força nos últimos dias com a adesão de mais escolas e o apoio de parte da comunidade escolar.

Uma nova assembleia foi marcada para o dia 24 de junho, quando a categoria deverá reavaliar os rumos da mobilização, à espera de uma possível abertura de diálogo com o Governo do Distrito Federal. Até lá, as aulas seguem suspensas em diversas unidades escolares da capital.

*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel

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