Noroeste

Comunidade do Noroeste aprova projeto de primeira igreja católica do bairro

Projeto da Igreja da Comunidade Santo Antônio de Pádua foi doado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF. Espaço deve receber 400 fiéis, além de contar com salas para aulas, salão de festa e casa casa paroquial

As linhas do templo são inspiradas na cruz de São Damião -  (crédito: Divulgação/ADEMI-DF)
As linhas do templo são inspiradas na cruz de São Damião - (crédito: Divulgação/ADEMI-DF)

Dezesseis anos após sua criação, o Setor Noroeste terá a primeira igreja católica para os moradores do bairro. As missas, realizadas nos pilotis dos edifícios, de forma itinerante, serão transferidas à futura igreja da Comunidade Santo Antônio de Pádua, cujo projeto foi doado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI-DF). Na última sexta-feira, os fiéis se reuniram no Bosque dos Ipês para celebrar o Dia de Santo Antônio e conhecer a proposta arquitetônica do templo, aprovada pela comunidade católica. 

"Há algum tempo, sabíamos que a Comunidade Santo Antônio de Pádua celebrava missas itinerantes, aos domingos, nos pilotis dos prédios do Setor Noroeste — muitos deles construídos por empresas associadas. Isso acontecia pela ausência de uma igreja no bairro.Em uma reunião, Dom Marcony nos relatou essa situação, e o tema foi levado à Diretoria da ADEMI-DF", explica o presidente da Ademi DF, Roberto Botelho, sobre o início do projeto. 

Segundo a arquiteta e urbanista Ana de Paula Fonseca, diretora de Assuntos Ambientais e Responsabilidade Social da ADEMI, o projeto é inspirado na cruz de São Damião, diante da qual São Francisco de Assis teria orado e escutado a voz de Cristo dizendo: "Francisco, vai e repara minha casa, que está em ruínas". "A mensagem, inicialmente compreendida como a reconstrução de um templo físico, mais tarde foi entendida como a reconstrução do próprio ser humano", explica.

No projeto, a fachada do templo, voltada para o Noroeste e em forma de cruz, tem seu eixo horizontal representando braços estendidos rente ao chão, como quem acolhe, chama e envolve os fiéis. O eixo vertical, que abriga o campanário, aponta para o céu. A arquiteta da ADEMI detalha que o revestimento em concreto ciclópico traduz a sobriedade e a simplicidade intrínsecas à ordem franciscana.

O conjunto arquitetônico, que acolherá até 400 fiéis, terá uma praça de convivência, um centro paroquial com pátio coberto para eventos e salas para catequese, uma casa paroquial e estacionamento. "Será um espaço completo de acolhimento espiritual e social", acrescenta Ana de Paula. Aprovada a proposta preliminar, o projeto será submetido à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF).

"Não temos previsão para o início das obras, pois dependemos dos recursos que a igreja vai conseguir. O Noroeste tem potencial de trazer qualidade de vida a todos e entendemos que a presença da comunidade católica é fundamental", observa a diretora de Assuntos Ambientais e Responsabilidade Social da ADEMI.

Sonho

Para Frei Nazareno, que celebra missas na região com Frei Flávio, a construção da igreja é "realização de um povo que se organiza e tem anseios. Será a concretização da esperança, movida pela fé e caridade", define o religioso, que está há mais de dois anos na Comunidade Santo Antônio de Pádua. De acordo com o Frei, em todas as missas dominicais, os fiéis oferecem a intenção pela edificação do templo. "Nos alegrou demais essa novidade", diz. 

O religioso destaca que a comunidade católica do Noroeste é expressiva, apesar de a população do bairro ser pequena. "Nossa primeira festa de Santo Antônio (na última sexta) foi um sucesso de participação. As pessoas querem congregar e viver essa missão social da fé. Somos um grupo que tem se expandido e vejo a necessidade de tomarmos rumos para essa edificação futura", complementa Frei Nazareno. 

O projeto é dos arquitetos e urbanistas Ana de Paula Fonseca, diretora de Assuntos Ambientais e Responsabilidade Social; João Gilberto de Carvalho Accioly, diretor de Política Habitacional; e Rogério Markiewicz, diretor técnico da ADEMI-DF.

postado em 18/06/2025 00:01 / atualizado em 18/06/2025 13:14
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