
Um cavalo solto em uma via de grande movimentação do Distrito Federal causou um acidente de trânsito que vitimou a motociclista Caroline Araújo, 37 anos, na madrugada de ontem. A condutora, que fazia parte do moto clube Steel Goose, voltava de um evento com os amigos do grupo na Cidade do Automóvel, quando colidiu contra o animal na Estrada Parque Ceilândia, em Vicente Pires, sentido Taguatinga.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), devido ao impacto, Caroline apresentou traumatismo cranioencefálico grave e foi encontrada em parada cardiorrespiratória. Mesmo com os protocolos de reanimação cardiopulmonar, ela não resistiu e faleceu no local do acidente. O animal também não resistiu aos ferimentos.
- Saiba quem era a motociclista que morreu após colisão contra um cavalo
- Motociclistas ficam feridos após colisão com carro na DF-280
- Motociclista fica gravemente ferido em colisão na DF-180 no feriado
A notícia do acidente foi recebida com choque pelos colegas do moto clube. Jefferson Oliveira, diretor do Steel Goose no DF e em Goiás, descreveu Carol, como era chamada entre os amigos mais próximos, como uma pessoa querida por todos e "cheia de vida". "Ela levava alegria por onde passava. Chegava sempre sorrindo e brincando com todo mundo", disse.
Paixão por motos
Pilotar a Honda Shadow cinza era, para a motociclista, sinônimo de liberdade e alegria. "Comprar a moto foi a realização de um sonho para ela", completou Jefferson. Em seu perfil no Instagram, Caroline compartilhava o carinho pela moto. "Tanque cheio, garantia de felicidade", disse em uma postagem.
"Carol era uma das pessoas mais amorosas e amigas que conheci. O que ela podia fazer para ajudar alguém, fazia sem pensar duas vezes. Amorosa, filha, mãe e amiga dedicada. A moto era uma realização, era sua paixão", contou a advogada Fabiana Silva, amiga de longa data da motociclista.
Caroline, que trabalhava na área de administração e era moradora de Samambaia Norte, deixa um filho adolescente. O velório e sepultamento da motociclista está previsto para ocorrer nesta manhã, no Cemitério de Taguatinga.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Perigo nas vias
Nos seis primeiros meses de 2025, 145 animais de grande porte foram apreendidos por estarem soltos em vias públicas. Deste total, 137 eram equinos, conforme dados da Secretaria de Agricultura (Seagri). De 2023 para 2024, houve um salto de quase 60% no total de recolhimentos, passando de 252 para 466. São Sebastião e Planaltina foram as regiões administrativas que mais registraram apreensões nos últimos 30 dias — nove e oito, respectivamente.
"Infelizmente, ainda há pessoas que abandonam esses animais para pastarem em terrenos baldios e às margens das rodovias, colocando em risco motoristas, pedestres e a população em geral. Ao ver um animal nessa situação, seja cavalo, burro ou vaca, entre em contato imediatamente com a secretaria para que a nossa gerência possa resgatá-lo. Isso é importante para prevenir acidentes, transmissão de doenças e sujeira pelas ruas do DF", orientou o secretário da Agricultura, Rafael Bueno.
Segundo a Lei Distrital 2.095/1998, é proibida a permanência de animais soltos em vias e logradouros públicos do DF, sob pena de apreensão e multa.
Como denunciar
Entre em contato via ouvidoria ou telefone e envie a localização e foto dos animais soltos nas vias ou logradouros públicos pelo WhatsApp. Os contatos são:
Telefone: (61) 3274-2338
Whatsapp: (61) 98199-2459
Portal do cidadão: https://portalcidadao.df.gov.br/
Cidades DF
Cidades DF
Brasil