Violência policial

MPDFT vai apurar abordagem de policiais civis que resultou em criança abandonada

O Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) instaurou procedimento imediato para a apuração do caso envolvendo a abordagem de policiais civis na Asa Norte. O pai do menino foi preso e o filho dele, de 5 anos, ficou abandonado com estranhos

A abordagem de policiais civis a um publicitário na Asa Norte, na tarde de quarta-feira (9/7), vai ser investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. O Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) instaurou um procedimento para imediata apuração da conduta dos dois agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). 

As investigações em curso determinarão as próximas ações, que podem variar de medidas corretivas à responsabilização dos envolvidos, dependendo da gravidade dos fatos. Paralelamente, o NCAP manterá um acompanhamento próximo do inquérito policial e do procedimento administrativo disciplinar, conduzido pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal. O objetivo principal é garantir a transparência e o rigor em todas as etapas do processo.

A abordagem dos policiais civis revoltou comerciantes e clientes da quadra 112 Norte, que filmaram toda a ação. Nas imagens, os agentes dão murro no publicitário e, depois que eles o algemaram, o mantiveram por um tempo imobilizado no chão. O filho dele, de cinco anos, estava dentro do veículo e presenciou tudo.

Uma mulher que presenciava a ação da polícia, avisou aos policiais que havia uma criança no carro e retirou o menino. O publicitário foi levado para a delegacia pelos agentes da DCA, que deixaram a criança sozinha com estranhos. 

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal pediu o imediato afastamento dos dois agentes. “Estamos pedindo aos órgãos competentes o afastamento preliminar dos policiais de suas funções e a apuração rigorosa de uma série de violações, que incluem agressão, abuso de autoridade, prisão arbitrária e abandono de incapaz”, declarou o deputado distrital Fábio Felix (PSOL-DF), presidente da Comissão.

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