Investigação

Donos de clínica investigada após incêndio podem responder por homicídio

Segundo a Polícia Civil (PCDF), o indiciamento dos responsáveis só será definido ao fim do inquérito, mas algumas hipóteses já estão sob análise

A instituição se manifestou por meio de nota, afirmando que está em contato com as autoridades competentes e colaborando com as apurações -  (crédito: Carlos Vieira                    )
A instituição se manifestou por meio de nota, afirmando que está em contato com as autoridades competentes e colaborando com as apurações - (crédito: Carlos Vieira )

A tragédia na Comunidade Terapêutica Liberte-se, no Paranoá, onde cinco pessoas morreram em um incêndio, na madrugada de domingo (31/9), abriu uma frente de investigações que pode resultar em responsabilização criminal dos donos da clínica.

Segundo a Polícia Civil (PCDF), o indiciamento dos responsáveis só será definido ao fim do inquérito, mas algumas hipóteses já estão sob análise. Entre elas, homicídio — na forma de dolo eventual (quando o agente assume o risco de provocar o resultado), ou culposo (quando não há intenção, mas negligência, imprudência ou imperícia) —; cárcere privado; e administração de medicamentos sem prescrição médica.

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O delegado responsável pelo caso, Bruno Cunha, da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), destacou que é cedo para apontar se houve dolo eventual, mas reconheceu que essa possibilidade está em avaliação. “Vai depender da análise dos laudos, da fala das testemunhas, dos ofícios que vamos ter de informação, para saber se tinha ou não tinha autorização”, afirmou.

A instituição se manifestou por meio de nota, afirmando que está em contato com as autoridades e colaborando com as apurações. “Estamos fornecendo todas as informações para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e com a apuração rigorosa dos fatos”, declarou.

O incêndio mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros (CBMDF) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As chamas se espalharam rapidamente pelo imóvel e colunas de fogo podiam ser vistas saindo do telhado. Além dos cinco mortos, 11 pessoas, com idades entre 21 e 55 anos, sofreram intoxicação pela inalação de fumaça e foram levadas a hospitais da região. Uma delas, em estado grave, recebeu atendimento especializado.

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DC
postado em 01/09/2025 16:22
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