
Os responsáveis pela Comunidade Terapêutica Liberte-se, no Paranoá, onde cinco pessoas morreram em um incêndio, na madrugada de domingo (31/8), não foram presos em flagrante. De acordo com a Polícia Civil (PCDF), a medida não foi adotada porque eles prestaram socorro imediato às vítimas durante a tragédia.
Apesar disso, os donos da clínica são investigados e podem responder por crimes como homicídio — na forma de dolo eventual ou culposo —, cárcere privado e administração de medicamentos sem prescrição médica. O indiciamento será definido ao fim do inquérito. O delegado responsável pelo caso, Bruno Cunha, da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), explicou que é cedo para apontar dolo eventual (quando não há intenção de matar, mas assume-se o risco), porém, admitiu que a possibilidade está em análise.
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A instituição se manifestou em nota, afirmando colaborar com as autoridades. “Estamos fornecendo todas as informações para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e com a apuração rigorosa dos fatos”, declarou.
O incêndio destruiu parte da clínica dedicada à recuperação de dependentes químicos. Segundo o Corpo de Bombeiros (CBMDF), as chamas se espalharam rapidamente por vários cômodos e colunas de fogo podiam ser vistas do lado de fora do imóvel.
Cinco internos morreram e 11 pessoas, com idades entre 21 e 55 anos, foram socorridas com intoxicação por fumaça. Uma delas estava em estado grave. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também prestou apoio.
Cidades DF
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