
Duas das cinco vítimas do incêndio na Comunidade Terapêutica Liberte-se foram identificadas pelo Instituto de Identificação da Polícia Civil por meio de papiloscopia, ou seja, pelas digitais. As outras três vítimas só serão reconhecidas após exame de DNA.
O Correio apurou que a equipe de identificação do Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) aguarda a apresentação dos familiares para a coleta de amostras. “Tudo depende de ter um padrão, um familiar que vá entregar o material para a comparação, um pai, um irmão”, revelou a fonte.
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A partir do momento em que a coleta de material genético for feita, o equipamento do IPDNA processa as amostras e o resultado sai em até uma hora e meia. “No Brasil, somos um dos mais ágeis”, garantiu o policial com quem a reportagem conversou.
Tragédia
Um incêndio na clínica de recuperação Comunidade Terapêutica Liberte-se, na madrugada de domingo (31/8), deixou 11 feridos e cinco mortos. A instituição não tinha licença de funcionamento, segundo a DF Legal.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Bruno Cunha, há relatos de que a porta estava trancada com cadeado pelo lado de fora e que as janelas tinham grades, o que dificultou o resgate e a fuga das vítimas.
O outro lado
Leia a íntegra da nota divulgada pelo Instituto Terapêutico Liberte-se:
“A direção do Instituto Terapêutico Liberte-se lamenta profundamente o trágico incêndio ocorrido em nossas dependências no último domingo (31), que resultou em perdas irreparáveis. Manifestamos nossa solidariedade e consternação às famílias e amigos das vítimas, compartilhando a dor deste momento de imensa tristeza.
Informamos que já estamos em contato com as autoridades competentes e colocamo-nos inteiramente à disposição para colaborar com as investigações, fornecendo todas as informações necessárias para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e com a apuração rigorosa dos fatos.
É importante esclarecer que a Liberte-se é uma unidade terapêutica, também conhecida como comunidade terapêutica, voltada ao acolhimento de pessoas com transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas. De acordo com a Resolução RDC nº 29/2011 da Anvisa, essas instituições não são estabelecimentos de saúde e, portanto, não possuem a obrigatoriedade legal de manter médicos em tempo integral em sua estrutura. O principal instrumento terapêutico nesses espaços é a convivência entre pares, com atividades de reinserção social, fortalecimento pessoal e apoio mútuo.
Quando há necessidade de atendimento clínico, a legislação prevê que os residentes sejam encaminhados à rede pública ou privada de saúde, garantindo acesso ao suporte médico adequado. A Liberte-se atua conforme essas diretrizes, reafirmando seu compromisso com a recuperação e a reinserção social de seus acolhidos.
Instituto Terapêutico Liberte-se”
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