
O Correio Braziliense promove, nesta terça-feira (9/9), às 14h30, o CB Fórum Educação Profissional e o Mercado de Trabalho. O evento, no auditório do jornal, reunirá especialistas e autoridades para debater soluções que tornem a qualificação mais ágil, eficiente e alinhada às exigências do mundo profissional.
A mediação será da colunista do Correio Samantha Sallum, e da coordenadora de produção do jornal, Adriana Bernardes. Entre as presenças confirmadas estão a vice-governadora Celina Leão; as secretárias de Educação, Hélvia Paranaguá, e de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra; o presidente do Sistema Fecomércio DF, José Aparecido Freire; o diretor regional do Senac, Vitor Corrêa; o diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB), Guilherme Martins Gelfuso; e do gerente de Recursos Humanos da Rede Cascol, Evaldo de Oliveira Sousa.
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Os interessados podem garantir ingresso na plataforma Sympla. O encontro será realizado na sede do Correio, no Setor de Indústrias Gráficas, com apoio do Senac e da Fecomércio DF.
Para a secretária do Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, essa discussão é fundamental porque, quando se trata de pessoas muito vulneráveis, os caminhos passam não só pela formação. "Mas também por enxergar ações e políticas públicas anteriores que as empoderem, que lhes dê autonomia. Ela pode ter uma grande oportunidade de formação, mas se em sua casa faltar o básico, que é um prato de comida, por exemplo, ela pode não conseguir aproveitar da melhor forma."
Nos últimos anos, a educação profissional tem se consolidado como instrumento decisivo para a inclusão produtiva de jovens e de pessoas em situação de vulnerabilidade, oferecendo formação prática e alinhada às necessidades das empresas. De acordo com o Senac, a taxa de inserção no mercado chega a 85% entre os jovens aprendizes da instituição. "Quando o aluno adquire conhecimento, ele já ingressa na empresa pronto para executar atividades, o que gera resultado imediato para todos", destaca Vitor Corrêa, diretor regional do Senac.
Corrêa observa que os impactos vão além da empregabilidade. "Dos estudantes que já trabalhavam quando iniciaram o curso, 38% conseguiram promoção e 65% permaneceram empregados, ampliando competências. Entre os empreendedores, 51% alcançaram mais autonomia após a formação", acrescenta.
No Distrito Federal, o Senac vem ampliando sua presença para atender à demanda crescente por qualificação. O investimento inclui infraestrutura moderna, cursos atualizados e metodologias que unem teoria e prática. "Nosso objetivo é preparar profissionais capazes de enfrentar os desafios do mercado com competências técnicas e socioemocionais, contribuindo para o desenvolvimento da região", assinala Corrêa.
A vice-governadora Celina Leão reforça a relevância do debate. "Refletir sobre a qualificação profissional é pensar no futuro do Brasil. Essa modalidade de ensino abre portas para o emprego, fortalece setores estratégicos e estimula o desenvolvimento. É uma agenda que transforma vidas e movimenta a economia. Por isso, valorizo a iniciativa do Correio Braziliense em promover esse diálogo", afirma.
Mercado
A Fecomércio-DF também ressalta que a formação deve acompanhar as transformações do mercado. "Nosso compromisso é manter os cursos conectados às demandas do comércio, dos serviços e do turismo, entregando profissionais prontos para atuar e se desenvolver nessas áreas", enfatiza a entidade.
Para os próximos anos, a expectativa é de que as empresas exijam cada vez mais competências como adaptação, aprendizado contínuo, resolução de problemas, domínio de ferramentas digitais e habilidades socioemocionais, como empatia, comunicação e trabalho em equipe. Essas características tendem a ser diferenciais diante da rapidez das mudanças tecnológicas e econômicas.
Com o avanço da automação e da inteligência artificial, a estratégia da Fecomércio combina a requalificação de trabalhadores já inseridos no mercado e a preparação de novas gerações para profissões emergentes. "O Senac-DF vem ampliando cursos voltados à tecnologia e também à formação humana, porque acreditamos que a inteligência artificial não substitui a criatividade e a capacidade de inovação das pessoas", reforça.
Ainda assim, ampliar a geração de empregos de qualidade no Brasil exige enfrentar entraves como burocracia, baixa produtividade, gargalos de infraestrutura e carência de qualificação adequada. Para a Fecomércio, a solução passa por mais investimentos em educação profissional. A entidade mantém diálogo com o poder público para defender iniciativas que ampliem o acesso à capacitação, garantam recursos para programas, reduzam burocracias e valorizem a prática como eixo do aprendizado. "Investir em qualificação é investir no futuro do país", conclui a federação.
A importância de alinhar a educação profissional às exigências do mercado de trabalho é destacada pela secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. "Discutir os caminhos para uma qualificação eficaz é fundamental para aproximar a educação profissional das reais demandas do mercado de trabalho. A formação de qualidade vai além do conteúdo em sala de aula — ela precisa oferecer experiências práticas, desenvolver competências socioemocionais e preparar os estudantes para os desafios concretos do mundo do trabalho", avalia.
Saiba Mais
Como participar
Os interessados podem garantir ingresso na plataforma Sympla, por meio do QE Code.
O encontro será realizado na sede do Correio, no Setor de Indústrias Gráficas, com apoio do Senac e da Fecomércio DF.
Cidades DF
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