
Em entrevista sobre mobilidade urbana e aumento da tarifa do transporte coletivo, Francisco Christovam, diretor-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), apontou que uma das alternativas para evitar que o aumento das passagens pese no bolso da população seria a criação de um consórcio interestadual para subsidiar os custos. A conversa foi conduzida pelas jornalistas Adriana Bernardes e Mila Ferreira, durante o programa CB. Poder —parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quarta-feira (24/9).
“O desejável é que essa negociação não demore e que os órgãos de governo possam rapidamente se sentar à mesa e buscar um entendimento, com o objetivo final de oferecer transporte de qualidade para os passageiros”, destacou. “Nós, da NTU, acompanhamos tudo isso de perto e sempre acreditamos que a solução passa, em um primeiro momento, por um entendimento entre as diferentes esferas de poder”, completou.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Francisco ressaltou, no entanto, que chegar a um consenso pode levar tempo considerável, já que envolve governos independentes e a União. “Por isso, é fundamental que aqueles que estão à mesa de negociação estabeleçam um prazo para formalizar esse entendimento. O grande problema está no custeio da operação. Essas linhas, naturalmente, teriam tarifas muito altas, e o passageiro não tem como arcar com esse valor. É aí que se justifica a necessidade de o governo subsidiar parte dos custos”, afirmou.
- Passagens do Entorno mais caras a partir de hoje
- Veja como ficam novos valores das passagens entre o DF e Entorno
- ANTT decide reajustar tarifa do ônibus do Entorno
Christovam também destacou soluções operacionais que podem contribuir para a redução das despesas do sistema. “Primeiro de tudo, é necessário fazer um estudo detalhado da rede de transporte: mapear as linhas, itinerários, pontos de geração e atração de viagens. Tudo isso é fundamental para planejar a operação. O que se recomenda são sistemas troncais alimentados, ou seja, linhas alimentadoras que partem de várias origens e se concentram em determinado ponto, de onde segue um corredor de transporte operado por veículos de grande capacidade”, explicou o especialista.
Assista a entrevista na íntegra:
Cidades DF
Cidades DF
Cidades DF