Comunidades terapêuticas

MP propõe força-tarefa para fiscalizar comunidades terapêuticas no DF

A medida surge diante de denúncias recentes de graves violações de direitos humanos em instituições do setor, como maus-tratos, cárcere privado e trabalho análogo à escravidão

A força-tarefa será formada por representantes do MP, conselhos de categorias profissionais e órgãos de fiscalização -  (crédito: Divulgação/MPDFT)
A força-tarefa será formada por representantes do MP, conselhos de categorias profissionais e órgãos de fiscalização - (crédito: Divulgação/MPDFT)

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) propôs a criação de uma força-tarefa para fiscalizar comunidades terapêuticas no DF. O anúncio foi feito em reunião técnica realizada na quinta-feira (25/9), para debater o funcionamento deste tipo de estabelecimento na capital.

A medida surge diante de denúncias recentes de graves violações de direitos humanos em instituições do setor, como maus-tratos, cárcere privado e trabalho análogo à escravidão, com destaque para a comunidade terapêutica Liberte-se. No local, 6 pessoas morreram após um incêndio ocorrido em 31 de agosto deste ano.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

A força-tarefa será formada por representantes do MP, conselhos de categorias profissionais e órgãos de fiscalização. Entre suas atribuições estão a realização de inspeções, coleta de evidências e recomendação de medidas judiciais, quando necessário. O grupo também deverá elaborar um plano de ação com políticas públicas integradas e mecanismos de apoio às famílias afetadas pelas práticas abusivas.

Os representantes também destacaram a importância da elaboração de um plano de ação que auxilie na criação de políticas públicas integradas e a fiscalização rigorosa das comunidades terapêuticas. E pontuaram que devem ser oferecidas alternativas às famílias afetadas pelas práticas abusivas, com encaminhamento para serviços adequados de saúde mental.

O encontro, realizado na sede do MPDFT, reuniu promotores de Justiça, representantes de conselhos profissionais, especialistas em saúde mental, parlamentares e entidades de controle social. Durante as discussões, os participantes alertaram para o funcionamento de comunidades sem fiscalização adequada e para a falta de transparência na aplicação de recursos públicos destinados a essas instituições.

Na avaliação dos presentes, a iniciativa é fundamental diante do desmonte da política de saúde mental e do contexto do uso problemático de drogas. A expectativa é que a atuação conjunta fortaleça a proteção dos direitos humanos e garanta alternativas seguras e adequadas para os pacientes.

  • Google Discover Icon
postado em 29/09/2025 18:40 / atualizado em 29/09/2025 18:40
x