
De cidade dormitório a polo econômico, Samambaia transformou seu cenário urbano e comercial nas últimas décadas. A história de José Eduardo Nogueira Souto Magalhães, 50 anos, presidente da Associação Comercial e Industrial de Samambaia (Cisa), se confunde com a trajetória de crescimento da cidade. "Cheguei aqui em 1989, quando tudo ainda estava começando. Era só terra e alguns poucos comércios", recordou.
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Filho de comerciantes, José Eduardo cresceu vendo o pai administrar bares e pequenas lojas pela cidade. Desde 2007, atua em parceria com empreendedores de toda a região. "A gente conhece praticamente todos os comerciantes de Samambaia, do tio do picolé ao grande empresário. Trabalhamos juntos, acreditando no potencial da cidade", afirmou.
Ao lado da esposa, Maristela, ele tem acompanhado de perto o novo momento do comércio local. "Hoje, Samambaia tem de tudo — de restaurantes a grandes madeireiras, faculdades e centros comerciais", disse. Por sua vez, Maristela, relata que o crescimento comercial possibilitou que a cidade se tornasse independente das outras cidades próximas. "Antes, precisávamos ir a Ceilândia ou Taguatinga. Atualmente, esse cenário mudou. A cidade é completa", ressaltou Maristela.
O casal reconhece que ainda há preconceito em relação à cidade, mas garante que essa imagem não condiz com a realidade. "Muitos ainda acham que Samambaia é só periferia, mas temos empresários com grande poder econômico e empresas que não deixam nada a desejar às do Plano Piloto", reforçou José Eduardo.
Para eles, o comércio local reflete a essência do povo de Samambaia: trabalhador, criativo e resiliente. "A força empreendedora nasceu da necessidade. A gente não tinha nada, então começamos a criar o que faltava. Hoje, saímos na rua e vemos uma cidade viva, crescendo a cada dia", resume Maristela.

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