
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está na fase final do inquérito que apura o incêndio na Comunidade Terapêutica Liberte-se, clínica de reabilitação que pegou fogo em 31 de agosto deste ano e deixou seis mortos. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e envolve suspeitas de cárcere privado, homicídio e administração irregular de medicamentos.
Fontes ouvidas pelo Correio na PCDF informaram que as diligências estão próximas de ser concluídas. A investigação analisa laudos periciais, oitivas de testemunhas e documentos que vão indicar se houve dolo eventual — quando o responsável assume o risco do resultado — ou culpa, por negligência, imprudência ou imperícia.
A clínica funcionava de forma irregular e havia sido notificada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para apresentar documentação de licenciamento e registro. Depois do incêndio, a DF Legal informou que a clínica funcionava em endereço diferente do autorizado. Conforme o órgão, a licença estava vinculada à Chácara 470 desde 2022, mas o incêndio ocorreu na Chácara 420, local não previsto na documentação.
Além das mortes, há denúncias de maus-tratos, negligência e ausência de equipe multidisciplinar. Os responsáveis não foram presos em flagrante porque, no momento da tragédia, prestaram socorro às vítimas.
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