Um homem que vendia drogas na rodoviária de Brazlândia acabou preso, na tarde desta quinta-feira (8/10). Segundo a 18ª Delegacia de Polícia, que cuida da região, o caso marca a 30ª apreensão do tipo no local apenas neste ano. Veja o momento das abordagens no terminal:
De acordo com a Polícia Civil (PCDF), as condições precárias do terminal tem sido de grande influência para a ocorrência deste tipo de crime. O ambiente é caracterizado por sujeira, lojas abandonadas, iluminação deficiente e a presença de população em situação de rua, fatores que, em conjunto, criam um cenário propício para o comércio ilegal de entorpecentes.
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O delegado-chefe da 18ª DP, Fernando Cocito, defende que a solução para o problema vai além da atuação policial. "É necessário o engajamento de outros órgãos para limpeza e iluminação da rodoviária e cadastro e proteção dos desabrigados, dividindo-se as responsabilidades", afirmou. "Sozinhas, as polícias não têm condições de resolver o problema", completou.
Em um esforço para coordenar ações de prevenção e revitalização da área, a 18ª DP promoveu uma reunião na terça-feira com representantes de diversas instituições. Estiveram presentes a Polícia Militar (PMDF), o Ministério Público (MPDFT), a Administração Regional de Brazlândia, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e o Conselho Tutelar. Durante o encontro, os órgãos teriam se comprometido com um plano para revitalizar a região.
Projeto sem previsão orçamentária
Apesar do compromisso assumido, a resposta da Secretaria de Estado de Obras e Infraestrutura do DF (SEOBI) indica que as melhorias físicas na rodoviária não devem ocorrer a curto prazo. Em ofício, a pasta informou que o projeto de revitalização "será inserido no planejamento de trabalho de equipe técnica e executado em tempo oportuno".
Contudo, a Secretaria ressaltou que a execução das obras não foi contemplada na programação orçamentária do exercício financeiro em curso, o que impossibilita a contratação imediata dos serviços. A pasta alegou que a demanda será atendida considerando "a ordem de chegada das demandas, a disponibilidade de pessoal e as prioridades estratégicas".
