ANIVERSÁRIO

36 anos de Samambaia: passado, presente e futuro da cidade

A região administrativa completa 36 anos com perfil de cidade grande. Moradores relembram a história e a evolução, e avaliam cenários melhores para o amanhã

Samambaia comemora 36 anos de existência. A região administrativa que foi criada originalmente para abrigar famílias que viviam em invasões, cresceu e acolhe milhares de histórias. Para homenagear essas histórias, o Correio foi às ruas ouvir de moradores sobre o que esperam para o futuro da cidade. 

Francisca Silva, de 70 anos, presenciou pessoalmente a evolução. Ela se mudou para Samambaia em 1989. Na época, era camelô e vendia mercadorias em feiras e espaços comerciais, como a Rodoviária do Plano Piloto e o Setor Comercial Sul. "Eu fiquei muitos anos como camelô. Foi um momento muito difícil e muito corrido, principalmente porque tinha um filho pequeno na época", contou.

A vida comercial toda de Francisca está interligada com o crescimento de Samambaia. Ela afirma que a evolução da cidade sempre a deixa surpresa. "Samambaia evoluiu rápido demais. A parte comercial mesmo cresceu de uma forma que eu não esperava. A cidade tem muitos comerciantes e está recebendo cada vez mais investimentos", disse. 

Para o futuro, ela acredita que a cidade vai crescer ainda mais. "Considero que a expansão do metrô atrairá muito mais clientes e comerciantes. A cidade vai bombar", afirmou. Ela pontua que está realizada em fazer parte do crescimento do local. "Samambaia é o lugar que criei meus filhos. É muito gratificante perceber que fiz parte desse crescimento e cresci junto com a cidade", finalizou.

Além do comércio, a cidade aniversariante também se destaca por sua cultura. Samambaia é diversa e acolhe as mais diferentes manifestações culturais. Paulo Atos, 53, é o guardião do rock na cidade. Além do gênero musical, a história de Atos se mistura com outros aspectos da cultura da cidade. 

Em 1997, a banda de Atos 'Oreia Seca' acabou e, depois disso, ele decidiu se aventurar em uma nova área, a encenação. "Eu fui o primeiro Cristo da Paixão do Cristo Negro, que, na época, ainda não tinha esse nome. Foi aí que eu tomei gosto pelo teatro", afirmou. Apesar da nova área de atuação, o Rock'N Roll ainda o cativava. "Fiquei afastado durante um tempo de banda e música, mas isso ainda mexia comigo", foi então que ele criou o Samamba Rock.

Atos explica que, além de movimentar o cenário do rock na cidade, o festival também procura fomentar o pensamento consciente através da discussão de políticas públicas. "Nós discutimos com todas as bandas que se inscrevem no festival assuntos, como saúde mental, feminícidio e a inclusão de representantes femininas, PCD's e LGBTQIAPN ", afirmou. "Samambaia teve uma evolução muito grande nesse sentido. Tem uma diversidade cultural enorme", ressaltou.

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